quinta-feira, 14 de abril de 2016

SÊMEN PODE PROVOCAR ALERGIA E ATÉ MORTE...

FONTE: Ana Flávia Lédo, TRIBUNA DA BAHIA.


Publicada pelo Feminino e Além, site parceiro do Tribuna da Bahia.

Não é a primeira vez que falo de sêmen por aqui. Algumas curiosidades já foram apresentadas em outra oportunidade. Hoje, no entanto, a informação que trago é mais séria: sabia que algumas mulheres podem ter alergia ao esperma?
Apesar de pouco frequente –  3 a 5% das mulheres -, é possível sim que isso ocorra, trazendo muito desconforto para a vida sexual e podendo até mesmo ser uma das causas de infertilidade do casal. Pesquisadores acreditam que a principal causa da irritação seja proveniente da PSA, uma proteína presente no esperma, que, em contato com a mucosa da vagina, provoca a reação.
Segundo o ginecologista Alfonso Massaguer, a alergia pode tanto acontecer apenas com um homem como com todos os parceiros que a mulher tiver ao longo da vida. Isso porque substâncias como um medicamento, por exemplo, ingeridas pelo homem, podem passar para o seu sêmen e para a saliva desencadeando a alergia na mulher.
Sobre o diagnóstico de alergia ao sêmen ainda há  muita discussão no meio médico, uma vez que os sintomas são parecidos com os de infecções causadas por fungos: coceira ou ardor após as relações sexuais, corrimento e a vagina pode ficar inchada e muito vermelha. Assim, é preciso a realização de vários testes, cujos resultados, no entanto, nem sempre são precisos.
Em relação à fertilidade, a dificuldade de engravidar pode estar relacionada ao fato de o organismo da mulher encarar o espermatozoide como um corpo estranho, matando-o. De acordo com Massaguer, há em torno de 10 a 15% de casos de infertilidade que não possuem causa definida, sendo a alergia uma das várias possibilidades.
Essa alergia, entretanto, não é algo tão grave assim, além de, como visto, ser rara. Existem, contudo, alguns casos na literatura médica de choques anafiláticos em mulheres hipersensíveis.
A Associação Nacional de Alergia e Asma (DAAB) de Mönchengladbach, na Alemanha, já fez esse alerta, apontando, inclusive, reações que vão além da irritação na pele, como vômito, diarreia, crises nervosas e, em casos extremos, o desenvolvimento de asma ou a ocorrência de um choque anafilático, provocando até a morte.
Se você, por um acaso, está entre o “premiado” grupo de mulheres hipersensíveis, calma! Apesar desses casos extremos, como disse, a alergia ao esperma não é algo tão grave assim. A primeira coisa a ser feita é usar camisinha. Aliás, é o que deve ser feito sempre, né?!
Ok, mas chega um momento que o relacionamento já está estável e vocês não querem mais usar a camisinha, o que fazer? É possível preparar uma vacina com esperma diluído e aplicar na mulher semanalmente em forma de injeção.
Após três meses, o sexo sem camisinha não será um problema. Isso vale também para o caso de querer engravidar. E, claro, se mesmo tentando isso, não conseguir engravidar, há a inseminação artificial como alternativa.
A alergia não é será um determinante para não ser ter filhos, ok?! Ah, a DAAB apresentou também outra solução: o uso de de antialérgicos, em comprimido ou spray, momentos antes do ato sexual. Esse tipo de medicamento, todavia, só age durante a relação.

De qualquer maneira, é imprescindível o acompanhamento médico. Visitar regularmente o ginecologista nos ajuda a evitar vários problemas futuros e a cuidar da maneira correta de qualquer um já existente.

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