FONTE: Gabriela Guimarães e Veridiana Mercatelli, Colaboração para o UOL,
(https://estilo.uol.com.br).
Existem momentos em um relacionamento longo que o casal pode se
questionar se está tudo bem: é porque a paixão diminui e a dinâmica a dois se
modifica. Pode relaxar, porque as situações listadas a seguir acontecem com
quase todo mundo.
Transar menos.
É natural que a frequência do sexo mude com o passar do tempo. A
intimidade, apesar de maravilhosa, é a mãe da falta de desejo. “Instintivamente
nós somos conquistadores, precisamos do perigo, da insegurança, daquele
fiozinho de medo de perder”, explica a psicóloga Marília Machado Thomazin. Não
há uma fórmula exata que diga o quanto é saudável ter sexo em uma relação, mas
o casal que perceba este declínio e sinta falta pode buscar maneiras de manter
o fogo aceso.
Você não pensa mais
no outro o tempo inteiro.
Há momentos em que a gente está superempolgado com algo no trabalho e
acaba se voltando mais para a vida profissional. Em outro, a relação volta a
ser prioridade. Em qualquer relacionamento longo há fases de mais e menos
investimento. “É uma economia energética e, também, uma economia libidinal”,
explica a psicanalista Gabriela Malzyner. Isso só se torna um problema à medida
em que há um afastamento, em que o casal pare de alimentar a admiração e a
conexão.
As falhas dele
piscam como neon.
Depois que a paixão passa, a gente enxerga melhor os defeitos da outra
pessoa. Mas, em vez de encarar como falhas, você pode ver como limitações.
“Aceitar os pontos negativos é certamente o melhor caminho para estar numa
relação de forma mais limpa. É preciso entender a complexidade da outra pessoa,
suas mágoas, formas de se relacionar na família, suas crenças sobre
relacionamento. Assim fica mais fácil compreender e nomear os sentimentos”,
conta Marília
Vocês querem sair
sozinhos ou com amigos.
Isso não é um problema. Mesmo. Aliás, é saudável e não deve afetar a
relação, desde que haja um acordo. Para seres sociais como nós é um grande
perigo se isolar e perder as referências pessoais. Antes de formar um casal, as
pessoas são indivíduos com gostos, experiências e relações diferentes, é essa
individualidade que nos garante estarmos inteiros para uma relação.
Não estão fazendo
grandes planos.
Nem todo mundo gosta de planos em longo prazo. O fato de uma das pessoas
não estar “decorando” a casa do futuro ou pensando em nomes para filhos não
significa falta de desejo em continuar no relacionamento. Mas é importante,
sim, avaliar se os dois querem a mesma coisa na relação, mesmo que os grandes
planos ainda não tenham começado a surgir.
As conversas ficaram
mais curtas.
As pessoas mudam e as conversas, também. E com o tempo, é natural que
vocês já tenham ouvido todas as histórias um do outro, conheçam todas as
aventuras. Mas nada impede que se mantenha o interesse. “Voltar ao começo do
relacionamento é utopia, porém, podemos criar momentos tão bons ou melhores que
o do começo, basta querer”, diz a psicóloga Ana Mauad.
Vocês se tornaram
muito amigos.
Depois de um tempo juntos, dividindo a vida com uma pessoa, a tendência
é que o casal forme uma parceria. “O fato de se tornarem amigos é natural, pois
em um relacionamento há a necessidade de se comunicar constantemente, tanto
sobre as coisas positivas quanto as negativas”, conta Ana Mauad.
As saídas
românticas minguaram.
O conceito de
romantismo vai mudando ao longo do tempo. O que era extremamente romântico no
começo da relação, pode agora causar um tédio enorme em vocês dois. “O que
define o romantismo é a intenção, a atenção e o carinho”, diz Ana Mauad. Mas se
vocês sentem falta de um clima de primeiros encontros, nada impedem de
combinarem um dia só para vocês. Só não pode ser obrigação, para não perder o
sentido.
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