segunda-feira, 2 de outubro de 2017

9 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SOBRE SEXO DURANTE A MENSTRUAÇÃO...

FONTE: Daniela Carasco, do UOL, em São Paulo, (http://estilo.uol.com.br).



Se menstruação ainda é um assunto tabu, falar de sexo durante o ciclo menstrual pode ser até mais, digamos, constrangedor para alguns. E, por isso, divide opiniões. Há, inclusive, quem se negue a transar nesse período. Para a ginecologista Lúcia Alves da Silva, presidente da Comissão de Sexologia da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o que se sabe é que a prática não provoca danos à saúde da mulher ou do homem, mas exige cuidados.
Aqui, ela explica 9 coisas que você precisa saber sobre o assunto.

1. O desejo sexual aumenta? DEPENDE.

Segundo a especialista, não há consenso. Algumas mulheres podem sentir esse aumento, enquanto outras demonstram uma falta de desejo absoluta. Ambos os casos estão ligados a experiências pessoais. “A alteração hormonal que implica mais ativamente no aumento do desejo sexual acontece, na verdade, no período pré-ovulação”, diz Lúcia. Nesses dias que antecedem a saída do óvulo - 14º dia do ciclo, em média -, acontece uma maior liberação do hormônio estrogênio, responsável por estimular a libido.

2. A menstruação funciona como lubrificante? NÃO.

O sangramento tem apenas a capacidade de deixar a região mais úmida. “A lubrificação natural decorre do aumento das pressões dos vasos sanguíneos da parte interna da vagina, que se mistura ao muco liberado pelo colo uterino, facilitando a penetração”, explica Lúcia.

3. Facilita a transmissão de DSTs? SIM.

O contágio de doenças sexualmente transmissíveis pode se dar em toda relação sexual sem proteção. Na menstruação, não é diferente. O sangue é mais um elemento de risco, uma via de contágio. “As patologias mais comuns, nesse caso, são HIV, hepatite C e B”, diz a médica. Por isso, o uso de preservativos continua sendo fundamental, como em qualquer situação.

4. O fluxo pode mudar? NÃO.

Não existe nenhuma evidência científica que comprove que o fluxo menstrual possa ser prolongado ou reduzido. Qualquer relato envolvendo alterações como essa se trata de experiências extremamente particulares, que não se aplicam à maioria das mulheres.

5. Pode transar com esponja vaginal? SIM.

Com a proposta de evitar vazamentos, surgiram no mercado opções de esponjas menstruais. Elas são feitas com um material maleável e, uma vez introduzidas na vagina, funcionam como um tampão, que não provoca incômodo na hora H. “Antigamente, as mulheres, principalmente as profissionais do sexo, usavam algodão. O único cuidado que deve ser tomado na hora de usar qualquer um dos dois, é lembrar de retirá-los imediatamente após a prática sexual para evitar infecções.”

6. Pode usar absorvente interno? NÃO.

Ao contrário das esponjas, os absorventes internos são produzidos com um material rígido, que causa desconforto na hora da penetração. Descarte completamente essa ideia.

7. Dá para fazer sexo oral? SIM.

A prática oral está liberada também durante o ciclo, mas exige proteção. O risco de contaminação é grande nesse caso, já que a possibilidade de ingestão do sangue é alta. Então, lance mão da camisinha feminina e, se preferir, vale ainda usar um absorvente interno para conter o fluxo – desde que não aconteça penetração, ok?

8. É um bom momento para explorar outras zonas erógenas? SIM.

Lúcia gosta sempre de reforçar que as preliminares são fundamentais para qualquer relação. E nesse caso não seria diferente. No período menstrual, algumas mulheres tendem ainda a apresentar sensibilidades extras em algumas regiões – os seios são uma delas. Nesse caso, um toque mais forte pode ser incômodo, mas uma carícia leve é perfeitamente suportável e prazerosa.

9. Corre risco de engravidar? NÃO.


A gravidez só é possível quando há ovulação e um endométrio adequado para a fixação do gameta. Quando a menstruação entra em cena, é sinal de que a parede do útero está descamando, uma condição nada receptiva ao embrião. “É o momento em que o corpo volta justamente ao estágio de não-gravidez”, conta a ginecologista. Vale ficar atenta, no entanto, ao uso correto das pílulas anticoncepcionais. Qualquer deslize pode comprometer a barreira de proteção hormonal e provocar surpresas.

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