Segundo
especialistas, embora pouco divulgado, o tratamento bucal tem sua parcela de
importância no tratamento contra a doença.
Embora
pouco divulgado, o tratamento bucal tem sua parcela de importância no
tratamento do câncer. A relevância da odontologia hospitalar começa a
mobilizar não apenas famílias de pacientes, como também profissionais da área
que estão buscando se especializar, e contribuir com a saúde desses enfermos.
Responsável
pelo Serviço de Odontologia do Hospital São Rafael – além de já ter atuado na
saúde do Estado de Sergipe –, a odontóloga Isa Barboza explica que o
atendimento aos pacientes com câncer começa antes do tratamento oncológico,
tendo a função de reduzir os focos de infecção como a cárie, cálculo ou
tártaros dental. inflamação da gengiva, dentes com mobilidades, remoção de
restos radiculares, extrações dentarias.
Ou seja,
visa adequar a boca, orientar sobre a higiene oral, preparando o paciente para
o tratamento, que poderá ser feito por meio da quimioterapia ou/e radioterapia
ou/e cirurgias.
Durante o
tratamento, é feito o acompanhamento do paciente com protocolo de profilaxia,
prevenção dos efeitos colaterais ou secundários que ocorre em boca proveniente
do tratamento do câncer.
“Há 17
anos que nosso protocolo contempla higiene oral, profilaxia com bochechos com
antissépticos, bactericidas, sem álcool, mais o uso do laser de baixa
intensidade para prevenir as mucosites orais, que são úlceras ou aftas ou seja,
as feridas na boca, também diminuir a boca seca – a xerostomia – que acomete
mais o paciente em tratamento do Câncer de Cabeça e Pescoço”, explica
Isa.
Durante o
tratamento, também é utilizado a Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana, onde é
usada a luz associada a um fotossensibilizador para eliminar microrganismos,
(bactérias, fungos, vírus) de maneira indolor e economicamente viável.
Após o
tratamento oncológico, o paciente com câncer de cabeça e pescoço, transplantado
de medula óssea, e oncologia pediátrica, segue acompanhamento com a Odontologia
por mais um ano, a fim de minimizar os efeitos tardios que acomete a cavidade
oral.
Isa
destaca que a presença do cirurgião dentista em ambiente hospitalar, inserido
numa equipe multidisciplinar nas diversas especialidades da medicina, contribui
para minimizar o risco de infecções, reduzindo o tempo de internamento.
A redução
também acontece no uso de antibióticos, no uso de alimentação enteral e
parenteral, e consequentemente nos custos hospitalares – que podem alcançar uma
economia de aproximadamente 40% - proporcionando a continuidade dos protocolos
oncológicos, aumentando a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes.
Ao longo
de 17 anos, Isa conta que já atendeu uma média de dois mil pacientes,
realizando 14 mil procedimentos odontológicos no paciente oncológico,
hematológico e transplantado de medula óssea.
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