A
falta de disseminação da importância dos tratamentos e meios de prevenção são
os maiores desafios da profissão atualmente.
Dados do
IBGE revelam que 11% da população brasileira é de desdentados (mais de 20
milhões de pessoas) e 41,5% das pessoas com mais de 60 anos já perderam todos
os dentes. A maior parte dos atendimentos é feito em consultório particular,
sendo apenas 19,6% realizados no sistema público, o que mostra que não faltam
dentistas, mas uma dificuldade de acesso a eles.
“A perda
dentária, no Brasil, começa cedo. Por isso, visamos a necessidade da inclusão
do dentista já no âmbito escolar, seja por meio de políticas públicas ou ações
do setor privado, que promovam a Saúde Bucal e um estilo de vida saudável já na
infância e adolescência", sugere Eduardo Oliva, Especialista de Prótese e
Implantes Dentários.
A World
Dental Federation (FDI), principal órgão representativo da classe dos dentistas
no mundo, reivindicou à Organização Mundial de Saúde (OMS) a inclusão da
Prevenção da Saúde Bucal na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
(ONU) de 2018. O pedido vem depois de, em maio, na 70ª Assembleia Mundial da Saúde,
na Suíça, a OMS ter excluído a Saúde Bucal das previsões orçamentárias dos
próximos dois anos. No relatório apresentado, não havia menção a qualquer
financiamento à Saúde Bucal.
"Pesquisas
comprovam ligações entre a falta de cuidados com a dentição e doenças em todos
os órgãos do corpo humano, como diabetes, patologias cardiovasculares, renais,
cerebrais e até respiratórias", destaca Marcos Oliva, Doutor em
Biotecnologia e Mestre em Cirurgia Buco Maxilo Facial, reforçando a necessidade
de uma maior atenção à política de Saúde Bucal também no Brasil.
O
dentista, ao lado dos sócios Eduardo Oliva e Agda Rios, aproveita a proximidade
do dia 25 de outubro, quando é celebrado o Dia do Dentista Brasileiro e Dia
Nacional da Saúde Bucal, para destacar a falta de disseminação da importância
desses tratamentos e meios de prevenção como um dos maiores desafios da
profissão atualmente. "Criou-se um 'medo', na cultura brasileira, do
profissional da Odontologia. Precisamos ressignificar a importância das ações preventivas,
como já ocorre em outras áreas da Saúde”, diz Agda Rios, Mestre em Odontologia
e pós-graduada em Terapêutica Odontológica.
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