Você
já ouviu falar da síndrome pós-orgasmo? Trata-se de uma
condição rara que geralmente acomete os homens e causa, logo após o orgasmo ou
algum tempo depois, sintomas que nada têm a ver com
a região genital – confusão, dificuldade de fala, leitura ou escrita, dor
muscular, coceira nos olhos e fadiga, além de outros sintomas associados ao
resfriado.
Essa
curiosa condição foi descrita pela primeira vez em 2002, e até hoje não
possui causa específica nem mesmo cura para o
desencadear de seus efeitos. Em resumo, pouco se sabe sobre a síndrome, mas uma
nova pesquisa publicada no periódico
científico Sexual Medicine Reviews trouxe, pela primeira vez algumas possíveis
explicações.
Ejaculação.
A
pesquisa é uma revisão de 50 estudos de caso sobre o assunto, os únicos
documentados na literatura médica. De acordo com os autores, pesquisadores da
Universidade Tulane, em New Orleans, nos Estados Unidos, os sintomas podem
variar caso a condição tenha surgido logo na primeira vez que a pessoa ejaculou
ou se ela se desenvolveu mais tarde.
De
qualquer forma, em ambos os casos, os sintomas surgem com o orgasmo da
ejaculação. Além disso, há indícios de que eles tenham alguma relação com
a ejaculação precoce, embora as causas sejam
desconhecidas.
Alergia ao sêmen.
Apesar
disso, alguma hipóteses para os efeitos adversos do orgasmo foram levantadas. A
ideia mais aceita pelos cientistas é a alergia ao próprio sêmen.
Embora isso seja apenas evidência circunstancial, com base nos casos já
relatados, os pesquisadores acreditam que os pacientes podem ter sensibilidade
a algum componente do líquido seminal.
Abstinência
Outra
teoria sugere que, para essas pessoas, as substâncias químicas
liberadas durante o orgasmo são liberadas em quantidades muito
maiores do que o normal. As endorfinas são hormônios que causam sentimento de
euforia e inibição da dor, mas se liberadas em excesso podem levar à abstinência ao
se dissiparem, causando imenso desconforto.
Nas mulheres.
Um estudo publicado no Translational Andrology and
Urology sugeriu que as
mulheres também podem ser afetadas pela síndrome, por algum motivo relacionado
ao tecido do trato inferior da região genital, mas até agora os diagnósticos
relatados foram somente em homens. Para os cientistas do recente estudo,
mais pesquisas precisam ser feitos para descobrir as reais causas e possíveis
tratamentos.
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