FONTE: *** Ana Carolina Nunes, Colaboração para o VivaBem, (http://vivabem.uol.com.br).
Quem toma omeprazol ou similares, como o
pantoprazol, provavelmente ficou preocupado com a publicação
de uma pesquisa que apontava um aumento no risco de câncer de estômago
relacionado ao uso de inibidores de bombas de próton (IBP), nome científico do
medicamento.
A pesquisa realizada durante oito anos, com mais
de 60 mil pessoas de Hong Kong, aponta um aumento de 2,4 vezes no risco de se
desenvolver câncer de estômago, o que poderia ser até cinco vezes maior no caso
de uso prolongado.
Omeprazol causa câncer?
Não se pode tomar uma decisão definitiva a partir
dessa pesquisa. O desenvolvimento de câncer de estômago apareceu em 0,25% dos
pacientes. Mas essa região já tem uma alta incidência de câncer gástrico, e
outros fatores de risco --como obesidade, tabagismo ou histórico familiar-- não
foram analisados.
A pesquisa não deixa de ter sua importância, já que o medicamento ainda não chegou a completar uma geração inteira desde seu surgimento e estudos sobre ele são importantes. Porém, ainda é cedo para condená-lo. É um artigo impactante sim, mas por outro lado, existem muitos outros artigos com resultados a favor do omeprazol.
A pesquisa não deixa de ter sua importância, já que o medicamento ainda não chegou a completar uma geração inteira desde seu surgimento e estudos sobre ele são importantes. Porém, ainda é cedo para condená-lo. É um artigo impactante sim, mas por outro lado, existem muitos outros artigos com resultados a favor do omeprazol.
O uso continuado é prejudicial?
Especialistas alertam para que se tome omeprazol
apenas quando orientado pelo seu médico e que sejam feitos exames periódicos
para acompanhamento. Caso seja receitado, pode tomar com tranquilidade, já que
é um medicamento consagrado de uso de curto e médio prazo.
O principal problema é que, por não precisar de receita, as pessoas acabam usando o remédio sem controle, ao primeiro sinal de desconforto gástrico ou azia. Mas, como qualquer medicamento de uso crônico e prolongado, precisa ter o acompanhamento médico.
É o médico que vai poder notar os diferentes sintomas antes de um diagnóstico de câncer de estômago, como gastrite ou atrofia gástrica.
O principal problema é que, por não precisar de receita, as pessoas acabam usando o remédio sem controle, ao primeiro sinal de desconforto gástrico ou azia. Mas, como qualquer medicamento de uso crônico e prolongado, precisa ter o acompanhamento médico.
É o médico que vai poder notar os diferentes sintomas antes de um diagnóstico de câncer de estômago, como gastrite ou atrofia gástrica.
As pessoas pesquisadas tiveram uma
infecção por H.pylori (Helicobacter pylori). Isso é um risco para desenvolver
câncer?
A população analisada no estudo foi tratada para
combater uma infecção bacteriana. E essa bactéria é um fator de risco para o
câncer de estômago. Além disso, não se pode estabelecer se a incidência do câncer
tinha relação com o omeprazol ou com um tratamento ineficiente feito no
passado.
*** Fontes: Dr. Carlos Alberto Malheiros, professor
titular e diretor da Faculdade de Medicina da Santa Casa e ex-presidente da
Associação Brasileira Câncer Gástrico; Dra. Fernanda Capareli, oncologista
clínica do Hospital Sírio-Libanês e Federação Brasileira de Gastroenterologia
(FBG).
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