quinta-feira, 30 de novembro de 2017

JOVEM DESENVOLVE BULIMIA APÓS MORTE DA MÃE: "VOMITAVA MAIS DE 30 VEZES POR DIA"...

FONTE: Maria Fernanda/RedeTV! (http://www.redetv.uol.com.br).



A jovem Emma Oldfields, de 22 anos, desenvolveu bulimia após a morte da mãe, em dezembro de 2012, e chegou a gastar cerca de R$ 430 por dia em junk food (alimentos industrializados, pouco nutritivos e altamente calóricos. As famosas "porcarias"), que ela só parava de comer quando sentia dor. E em seguida, vomitava tudo.
"O meu ponto mais baixo foi no início desse ano, quando eu gastava todo meu dinheiro em junk food e depois vomitava mais de 30 vezes no mesmo dia", contou Emma ao Mirror. "Eu sentia um grande alívio assim que cada ciclo acabava, mas sabia que toda a obsessão voltaria em algumas horas. Eu sabia que tinha um problema, mas é muito difícil pedir ajuda", contou. 

Nessa época, em que o transtorno de Emma chegou ao ápice, ela chegou a passar três meses sem sair de casa. "Eu só saía para o supermercado, não vi nenhum dos meus amigos nesse tempo. Minha vida ficou completamente atrasada, eu não conseguia me empurrar para frente", relembrou.
Até que entrou em colapso e teve que ser levada às pressas ao hospital: "Me disseram que eu estava prestes a ter um ataque cardíaco e que era uma sorte eu ainda estar viva". 
Desde então, Emma se submeteu aos tratamentos indicados por especialistas, como sessões de terapia, consultas periódicas com nutrólogos e nutricionistas e exame constantes para acompanhar a regressão da doença. "Eu perdi muita coisa: aniversários, momentos, saídas. Odeio o fato de ter prejudicado não só a mim, mas as pessoas que amo e que se preocupam comigo", disse Emma. 
De acordo com a psicóloga Adriana Giacomini, especialista em distúrbios alimentares pelo Hospital Pérola Byington, há estudos que falam da ligação da comida com a afetividade. "A primeira relação de amor entre o bebê e sua mãe se dá através da amamentação. O bebê sente o vazio interno da fome, que é saciada de forma afetiva pela mãe. Além de preencher o vazio, é também acalentado e confortado, surgindo assim o primeiro laço afetivo após o nascimento", explica ao portal da RedeTV!.

A psicóloga aponta ainda que há inúmeros fatores que causam a bulimia: culto ao corpo, depressão, baixa autoestima, ansiedade, estresse, além de fatores genéticos e traumas: "No caso da perda de um ente querido, surge um enorme vazio, trazendo tristeza e ansiedade. Para sanar a dor afetiva e, na esperança compensatória de suprir tal perda, pode se desenvolver várias compulsões, entre elas a alimentar".

Sintomas
A pessoa que passa a ter bulimia, desenvolve primeiramente uma compulsão alimentar."Ingere-se grandes quantidades de alimentos normalmente bastante calóricos e após este comportamento é acometida por um sentimento de culpa e arrependimento derivando assim na indução de vômitos, ingestão de diuréticos e laxantes ou na prática exagerada de exercícios". 
A maioria dos sintomas podem ser identificados pela própria pessoa, mas alguns sinais podem ser observados por pessoas próprias. "Preocupação excessiva com o peso, ir imediatamente ao banheiro após comer, descontrole na hora de se alimentar e alterações constantes de peso", explicou a especialista. 
Tratamento.
Apesar de ser um transtorno alimentar grave e que pode levar a óbito, a bulimia tem cura. O tratamento é feito através de terapia psicológica, acompanhamento psiquiátrico e nutricional. "A bulimia é uma doença grave que se não tratada pode trazer várias consequências físicas e emocionais, porem há cura", concluiu a especialista. 

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