FONTE: Maria Fernanda/RedeTV! (http://www.redetv.uol.com.br).
A jovem Emma
Oldfields, de 22 anos, desenvolveu bulimia após a morte da mãe, em dezembro de
2012, e chegou a gastar cerca de R$ 430 por dia em junk food
(alimentos industrializados, pouco nutritivos e altamente calóricos. As famosas
"porcarias"), que ela só parava de comer quando sentia dor. E em
seguida, vomitava tudo.
"O
meu ponto mais baixo foi no início desse ano, quando eu gastava todo meu
dinheiro em junk food e depois vomitava mais de 30 vezes no mesmo dia",
contou Emma ao Mirror. "Eu sentia um grande alívio assim que cada ciclo
acabava, mas sabia que toda a obsessão voltaria em algumas horas. Eu sabia que
tinha um problema, mas é muito difícil pedir ajuda", contou.
Nessa época,
em que o transtorno de Emma chegou ao ápice, ela chegou a passar três meses sem
sair de casa. "Eu só saía para o supermercado, não vi nenhum dos meus
amigos nesse tempo. Minha vida ficou completamente atrasada, eu não conseguia
me empurrar para frente", relembrou.
Até que entrou
em colapso e teve que ser levada às pressas ao hospital: "Me disseram que
eu estava prestes a ter um ataque cardíaco e que era uma sorte eu ainda estar
viva".
Desde então,
Emma se submeteu aos tratamentos indicados por especialistas, como sessões de
terapia, consultas periódicas com nutrólogos e nutricionistas e exame
constantes para acompanhar a regressão da doença. "Eu perdi muita coisa:
aniversários, momentos, saídas. Odeio o fato de ter prejudicado não só a mim,
mas as pessoas que amo e que se preocupam comigo", disse Emma.
De acordo com a psicóloga Adriana Giacomini,
especialista em distúrbios alimentares pelo Hospital Pérola Byington, há
estudos que falam da ligação da comida com a afetividade. "A primeira
relação de amor entre o bebê e sua mãe se dá através da amamentação. O bebê
sente o vazio interno da fome, que é saciada de forma afetiva pela mãe. Além de
preencher o vazio, é também acalentado e confortado, surgindo assim o primeiro
laço afetivo após o nascimento", explica ao portal
da RedeTV!.
A psicóloga aponta ainda que há inúmeros fatores
que causam a bulimia: culto ao corpo, depressão, baixa autoestima, ansiedade, estresse, além de fatores genéticos e
traumas: "No caso da perda de um ente querido, surge um enorme vazio,
trazendo tristeza e ansiedade. Para sanar a dor afetiva e, na esperança
compensatória de suprir tal perda, pode se desenvolver várias compulsões, entre
elas a alimentar".
Sintomas
A pessoa que
passa a ter bulimia, desenvolve primeiramente uma compulsão
alimentar."Ingere-se grandes quantidades de alimentos normalmente bastante
calóricos e após este comportamento é acometida por um sentimento de culpa e
arrependimento derivando assim na indução de vômitos, ingestão de diuréticos e
laxantes ou na prática exagerada de exercícios".
A maioria dos
sintomas podem ser identificados pela própria pessoa, mas alguns sinais podem
ser observados por pessoas próprias. "Preocupação excessiva com o peso, ir
imediatamente ao banheiro após comer, descontrole na hora de se alimentar e
alterações constantes de peso", explicou a especialista.
Tratamento.
Apesar de ser
um transtorno alimentar grave e que pode levar a óbito, a bulimia tem cura. O
tratamento é feito através de terapia psicológica, acompanhamento psiquiátrico
e nutricional. "A bulimia é uma doença grave que se não tratada pode
trazer várias consequências físicas e emocionais, porem há cura", concluiu
a especialista.
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