Por mais desafiador que possa parecer, é sim possível
viver com qualidade de vida e superar os desafios impostos pelos sintomas
das urticárias crônicas. Para isso, entretanto, é preciso
seguir algumas recomendações… O Dr. Luis Felipe Ensina, especialista em alergia
e imunologia clínica, listou alguns passos que são fundamentais para quem quer
alcançar o bem-estar.
Confira:
1. Siga
as recomendações médicas, sempre! A urticária
crônica pode durar vários meses ou anos.1-2Enquanto ela estiver em atividade é importante que
você use as medicações indicadas pelo seu médico, mesmo quando a urticária não
estiver se manifestando. Isso ajudará a manter o quadro controlado e trará uma
melhor qualidade de vida.
2. Diga
‘NÃO’ à automedicação. Medicamentos do tipo analgésicos e
anti-inflamatórios – como o ácido acetilsalicílico, entre outros –, podem agravar
a urticária crônica, provocando exacerbações muitas vezes
graves.3 Evite o uso deste tipo de medicamento. Em caso
de dor ou febre, converse com o seu médico sobre a opção mais segura.
3. Mexa-se! As
atividades físicas e exercícios são sempre importantes e constituem um hábito
saudável. Caso a urticária limite suas atividades físicas, converse com o seu
médico que poderá sugerir uma adequação do tratamento da urticária.
4. Evite
o que te faz mal… Algumas pessoas podem piorar da
urticária em situações em que exista aumento da temperatura corporal, como
estresse, calor e consumo de bebidas alcoólicas.1-2 Se isso
acontece com você, procure evitar estes desencadeantes. Mas lembre sempre que
o tratamento da urticária deve
ter como objetivo o controle completo dos sinais e sintomas da
urticária1-2, para que você tenha uma boa qualidade
de vida. E qualidade de vida é ter uma vida normal, sem sinais, sintomas ou
limitações.
5.Tenha
atenção à alimentação Alimentos não são causa de urticária
crônica, mas podem desencadear crises1-2, principalmente aqueles ditos “liberadores de
histamina”, como carne de porco, crustáceos, morango e chocolate, entre outros.
Algumas pessoas pioram ao ingerir alguns alimentos, outras não. Observe no seu
caso se existe relação entre ingestão de determinado alimento e piora da urticária,
e compartilhe isso com o seu médico, que poderá te orientar sobre a necessidade
ou não de uma dieta específica.
6. …
e evite corantes e conservantes: existem cada vez mais
evidências científicas de que os aditivos alimentares não estão diretamente relacionados com as
exacerbações da urticária crônica.4 Por outro lado, uma dieta sem corantes e
conservantes é mais saudável, e hábitos saudáveis devem ser incorporados na
vida de todos nós! Pense nisso ao escolher seus alimentos…
7. Keep
calm! Mantenha-se calmo! A urticária não
é causada por estresse, mas o estresse pode piorar a sua urticária.1-2 Procure sempre um período do dia para
relaxar, fazer uma atividade ao ar livre, curtir a vida com a família e os
amigos. Isso certamente o ajudará a ter uma melhor qualidade de vida.
8. Conheça
e monitore seus índices: durante o seu tratamento, utilize as
ferramentas disponíveis para monitorar a sua urticária, como o Índice de
Qualidade de Vida em Dermatologia (DLQI) e o Escore de Atividade da Urticária
(UAS).5 Isso é importante, pois permite que você e seu
médico tenham dados mais objetivos em relação a sua qualidade de vida durante
o tratamento da urticária.
Dr. Luis Felipe Ensina
Especialista em Alergia e Imunologia Clínica (RQE 25413)
CRM 86758
Especialista em Alergia e Imunologia Clínica (RQE 25413)
CRM 86758
*** REFERÊNCIAS:
1. Maurer M et al. Unmet clinical needs in
chronic spontaneous urticaria. A GA2LEN task force report. Allergy. 2011
Mar;66(3) 317-30.
2. Zuberbier T. The EAACI/GA2LEN/EDF/WAO Guideline for the definition, classification, diagnosis, and management of urticaria: the 2013 revision and update. Allergy. 2014 Jul;69(7) 868-87.
3. Godse KV. Chronic urticaria and treatment options. Indian J Dermatol. 2009;54(4):310-2.
4. RajanJP et al. Prevalence of sensitivity to food and drug additives in patients with chronic idiopathic urticaria. J Allergy Clin Immunol Pract 2014 Mar-Apr;2(2):168-71.
5. Finlay AY, Khan GK. Dermatology Life Quality Index (DLQI)–a simple practical measure for routine clinical use. Clin Exp Dermatol. 1994 May;19(3):210-6.
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