Quase
92% das pessoas atendidas pelo Bolsa Família pertencem ao grupo dos 30% de
brasileiros que recebem os menores rendimentos no país.
O
IBGE divulgou na quarta-feira (29) informações sobre o perfil das pessoas
atendidas pelos programas de transferência de renda Bolsa Família e Benefício
de Prestação Continuada.
Além
de dados que mostram informações já conhecidas, como o Norte e o Nordeste
estabelecidos como regiões de mais elevado percentual de pessoas que recebem
dinheiro de programas sociais, a pesquisa mostra hábitos de consumo e
características dos domicílios.
Esgotamento
sanitário é um dos grandes aspectos que diferenciam um domicílio que recebe o
Bolsa Família daquele que não recebe. Só 36,8% dos domicílios que levam
dinheiro do programa estão situados em locais que têm rede geral, pluvial ou
fossa ligada à rede. Como base de comparação, no total de domicílios que não
recebem Bolsa Família no país, porque não necessitam ou porque não foram
atendidos, há esgotamento sanitário em mais de 70% dos casos.
A
coleta de lixo aparece em apenas 73,7% dos domicílios de Bolsa Família, quando
no grupo dos domicílios sem ele a coleta supera 93%.
Apenas
29,7% dos lares que recebem Bolsa Família possuem máquina de lavar roupa. Entre
os que não recebem, esse percentual sobe para 68,6%, o que mostra que o acesso
a bens duráveis é mais difícil para as famílias atendidas.
O
menor grau de escolaridade é outra característica que diferencia as famílias
beneficiadas. Em cerca de 14,4% dos lares que não recebem o auxílio algum
morador tem curso superior. Esse número cai para 0,8% entre os beneficiários do
programa.
Podem
participar do Bolsa Família as famílias que vivem em situação de pobreza que
possuem renda por pessoa de até R$ 85 mensais. Também são atendidas pelo
programa aquelas com renda por pessoa entre R$ 85 e R$ 170 mensais, desde que
tenham crianças ou adolescentes de até 17 anos.
Já o
BPC (Benefício de Prestação Continuada) garante salário mínimo mensal ao idoso
acima de 65 anos ou pessoas com deficiência de qualquer idade, com dificuldades
físicas ou intelectuais, entre outros detalhes. Neste caso, a renda por pessoa
do grupo precisa ser inferior a um quarto do salário mínimo.
*** Com informações da Folhapress.
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