FONTE: Abr, http://www.redetv.uol.com.br
A Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta
quarta (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra
que, em 2016, o rendimento médio mensal real dos 88,9 milhões de trabalhadores
do país, com 14 anos ou mais de idade, resultou em uma massa mensal de rendimento
(total pago à população ocupada) de aproximadamente R$ 191 bilhões e um
rendimento médio de R$ 2.149.
Os homens
recebiam, em média, por mês, R$ 2.380, enquanto as mulheres recebiam R$ 1.836,
o que representa 77,1% do rendimento masculino.
O rendimento
médio mensal real das pessoas brancas (R$ 2.810) era maior que os rendimentos
observados para as pessoas pardas (R$ 1.524) e pretas (R$ 1.547). As pessoas
brancas apresentaram rendimentos 30,8% superiores à média nacional de R$ 2.149,
enquanto as pardas e pretas receberam rendimentos 29,1% e 28%, respectivamente,
inferiores a essa média.
Segundo o
IBGE, a população branca corresponde a 46,6% da população ocupada e a população
parda, 43,4%.
Em relação à
escolaridade, a participação das pessoas com, no mínimo, o ensino médio
completo foi 56,8% dos ocupados. Entre aqueles que não tinham o ensino
fundamental completo ou equivalente, a participação foi 27,9% dos ocupados.
As pessoas sem
instrução ou que tinham menos de um ano de estudo apresentaram o menor
rendimento médio (R$ 884). Por outro lado, o rendimento das pessoas com ensino
fundamental completo foi 57,8% maior, chegando a R$ 1.395. Quem tinha ensino
superior completo registrou rendimento médio aproximadamente três vezes maior
que os que tinham somente o ensino médio completo e quase seis vezes o daqueles
sem instrução.
No ano
passado, as pessoas que tinham rendimento proveniente do trabalho correspondiam
a 42,4% da população residente no Brasil (87,1 milhões), enquanto 24% (49,3
milhões) tinha algum remuneração de outras fontes (aposentadoria, pensão,
aluguel, pensão alimentícia, transferência de renda, entre outros).
A região Sul
apresentou o maior percentual de pessoas com rendimento do trabalho (47,1%). A
Região Nordeste registrou o menor percentual de pessoas com rendimento do
trabalho (35,7%) e o maior percentual daquelas que recebiam de outras fontes
(27,6%).
Concentração.
Segundo a Pnad
Contínua, em 2016, o 1% dos trabalhadores com os maiores rendimentos recebia
mensalmente, em média, R$ 27.085, ou 36,3 vezes mais do que a metade da
população com os menores rendimentos, que ganhavam, em média, R$ 747.
A massa de rendimento médio mensal real
domiciliar per capita alcançou R$ 255,1
bilhões em 2016. A parcela dos 10% com os menores rendimentos da população
detinha 0,8% do total, enquanto os 10% com os maiores rendimentos ficaram com
43,4%. O grupo dos que têm maior rendimento tem uma parcela da massa de
rendimento superior à dos 80% da população com os menores rendimentos (40,8%).
O rendimento
domiciliar per capita é a divisão dos rendimentos domiciliares pelo total de
moradores.
No país, o rendimento médio real domiciliar per
capita foi R$ 1.242. As Regiões Norte e Nordeste apresentaram
os menores valores (R$ 772) e a região Sudeste o maior, R$ 1.537.
Da remuneração média mensal domiciliar per
capita, 74,8% provêm do trabalho e 25,2% vêm de outras fontes,
principalmente aposentadoria e pensão (18,7%).
Homens e mulheres.
A Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, também
apontou diferenças salariais entre homens e mulheres. No ano passado, elas
receberam, em média, R$ 1.836, o que equivale a 22,9% menos do que os homens
(R$ 2.380).
O Sudeste
registrou a maior média de rendimento para homens, R$ 2.897, e mulheres, R$
2.078. No entanto, a região também teve a maior desigualdade salarial do país:
as mulheres ganham 28,3% menos do que os homens.
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