De acordo com o Ministério da Saúde, todo ano 4,7 mil
crianças morrem e 122 mil são hospitalizadas por causa de acidentes ou lesões
não intencionais.
O período
das férias escolares chegou. Os pequenos ficam por mais tempo em casa e os pais
precisam redobrar a atenção para evitar acidentes domésticos. Ainda
assim, conforme o Ministério da Saúde, todo ano 4,7 mil crianças
morrem e 122 mil são hospitalizadas por causa de acidentes ou lesões não
intencionais. Na Bahia, somente até outubro deste ano foram
registradas 2,9 mil internações devido a acidentes, em crianças de
até nove anos, sendo que 1,4 mil foram motivadas por quedas.
De acordo
com a pediatra Márcia Barreto, da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape),
as quedas são os acidentes mais frequentes com crianças de todas as faixas
etárias. A especialista revela ainda que, em sua maioria, os acidentes
domésticos ocorrem no período da tarde e envolve meninos.
Segundo
Barreto, eles variam conforme a idade da criança. Na maior parte dos casos, os
bebês de até um ano de idade costumam parar no hospital por conta de quedas,
enquanto os de até seis meses geralmente são vítimas de engasgos e sufocação.
Depois do
primeiro ano de vida, o perigo está na cozinha, no banheiro ou área de serviço,
onde acontecem queimaduras por escaldamento, afogamentos e semi-afogamentos. O
ideal é manter as crianças longe dessas áreas da casa. “Geralmente é
consequência da ação ou omissão das mães. A criança começa a andar e a mãe bota
um vaso de água fervendo ou sopa quente na mesa com uma toalha, aí a criança
vem e puxa a toalha. A mãe às vezes vai preparar o mingau com a criança no
colo”, exemplificou.
A pediatra
aconselha que os pais não deixem os filhos na banheira sozinhos. Além disso,
eles devem ficar distantes de recipientes para acúmulo de água, como baldes e
bacias, mesmo que rasos.
Quando a
criança começa a andar, há a incidência de choques devido ao contato com
tomadas, fios desencapados e acidentes endoscópicos, causados pela ingestão de
pequenos objetos, a exemplo de grãos, botões, brincos, presilhas e
moedas. “Além de provocar engasgos, esses pacientes às vezes precisam ser
levados para o pronto socorro para retirar do estômago”, esclareceu Márcia
Barreto.
Envenenamentos
causados pela ingestão de plantas e acidentes com animais peçonhentos são
frequentes em crianças que vivem em casas com acesso a área externa.
Precaução.
Para
evitar os acidentes, a médica diz que a primeira dica é nunca deixar a criança
sozinha ou sendo cuidada por outra criança mais velha. As tomadas devem ser
tampadas. Os pais e responsáveis também não devem deixar objetos pequenos
no chão, bem como restringir o contato com materiais pontiagudos , tais como
facas, presilhas, tesouras, agulhas.
Portões
podem ser instalados nas entradas da cozinha, banheiro e no início das escadas,
permanecendo fechados, para impedir o acesso das crianças. O dispositivo
precisa conter uma fechadura que só o adulto consiga abrir.
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