FONTE:, http://vivabem.uol.com.br
A ajuda médica imediata é fundamental para
limitar os danos ao cérebro, muitas vezes devastadores, de pacientes que sofrem
um Acidente Vascular Cerebral (AVC) --conhecido também como derrame cerebral.
Tal intervenção pode, de fato, marcar a diferença entre ter uma lesão cerebral
leve ou uma grave incapacidade ou até morte.
No entanto, a maioria das pessoas que sofre deste
mal não identifica o que está acontecendo no momento de um derrame e deixa de
buscar ajuda mesmo várias horas depois dos primeiros sintomas.
Com frequência, os pacientes minimizam estes
sintomas, acreditando que são temporários e vão desaparecer. Mas, após poucos
minutos em que a circulação de sangue no cérebro é interrompida, as células
começam a morrer.
Sintomas de alarme.
O sintoma mais comum de um derrame é a fraqueza
repentina no rosto, no braço ou na perna, quase sempre em um lado do corpo,
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o serviço de saúde pública do Reino
Unido (NHS, na sigla em inglês), é preciso chamar imediatamente os serviços de
emergência caso seja notado algum dos seguintes sintomas:
·
Paralisação
no rosto:
Uma parte do rosto pode parecer "pendurada". O paciente pode não
sorrir, ou a boca e o olho podem parecer flácidos.
·
Fraqueza
nos braços:
Uma pessoa que está sofrendo um AVC pode não ser capaz de levantar os dois
braços e mantê-los suspensos. Ela pode, por exemplo, sentir-se fraca ao
levantar um copo. Outro sinal de alerta é a dormência no braço.
·
Dificuldade
na fala:
O paciente pode perceber sua fala lenta, articular mal as palavras ou dizer
coisas confusas e incoerentes. Algumas pessoas podem ficar totalmente incapazes
de falar, apesar de estarem acordadas.
Outros sintomas que precisam de atenção são
problemas súbitos com um ou ambos os olhos; dificuldade repentina em andar;
tonturas; perda de equilíbrio ou falta de coordenação; dor de cabeça súbita e
severa; confusão e problemas de percepção.
O que ocorre durante um derrame?
Como todos os órgãos, para funcionar
corretamente, o cérebro precisa do oxigênio e dos nutrientes que o sangue
carrega. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando esse fluxo sanguíneo
é interrompido.
Isso pode acontecer devido a um coágulo que
bloqueia a passagem do sangue ou a ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro.
O NHS estima que uma em cada quatro pessoas que
sofrem um derrame cerebral morre - e aqueles que sobrevivem muitas vezes
adquirem sérios problemas de longo prazo como resultado de danos cerebrais.
Pessoas mais velhas correm maior risco de ter um
AVC, embora eles possam acontecer a qualquer idade, incluindo entre crianças.
Mas, de acordo com a médica e apresentadora da
BBC Saleyha Ahsan, a probabilidade de sofrer um derrame cerebral dobra a cada
década após os 55 anos.
Ainda assim, em 2015, um relatório da organização
britânica Stroke Association alertou para um crescimento
"preocupante" da incidência de AVCs entre homens e mulheres mais
jovens, com idade entre 40 e 54 anos. No Reino Unido, foram registrados, em
2014, 6.221 homens vítimas de AVC nesta faixa etária - um aumento de 1.961
casos em comparação a 2000. Entre as mulheres, foram 1.075 casos a mais.
Segundo especialistas, o aumento se deve a
hábitos de vida menos saudáveis - como o aumento da obesidade, sedentarismo e
dietas pobres -, além do crescimento populacional e mudanças nos hospitais.
Recomendações chave.
Ahsan também recomenda monitorar a taxa de
batimentos cardíacos por minuto. A fibrilação atrial, um distúrbio do ritmo
cardíaco que gera batimentos irregulares, pode multiplicar o risco de AVC em
cinco vezes.
Além disso, é importante estar atento e pedir
ajuda médica se houver um miniderrame, conhecido na medicina como acidente isquêmico
transitório (AIT). Neste caso, os sintomas são os mesmos, mas temporários, e
desaparecem antes das 24 horas. Às vezes, podem durar apenas alguns minutos.
Mas ignorá-los é perigoso: de acordo com Ahsan,
uma em cada 12 pessoas que tem um miniderrame sofre um grande AVC em menos de
uma semana. Muitos especialistas alertam que, além da hipertensão, colesterol,
diabetes e fibrilação atrial existem outros fatores que aumentam o risco de
sofrer um AVC, como tabagismo, obesidade, falta de atividade física e dieta
pobre.
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