terça-feira, 26 de dezembro de 2017

"TENHO 28 ANOS E NÃO CONSIGO ME RELACIONAR SEXUALMENTE COM NENHUMA MULHER"...



“Tenho 28 anos e não consigo me relacionar sexualmente com nenhuma mulher. A primeira vez que tentei transar foi com uma prostituta, aos 18 anos. Fiquei excitado, com ereção, mas na hora da penetração senti um verdadeiro pânico; não consegui. E não sei explicar o porquê. Tenho me sentido defeituoso, até pesadelos sobre isso dei para ter. Será que algum dia vou conseguir ter uma relação sexual de verdade?”

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Sendo os órgãos sexuais de mulheres e homens tão diferentes, tornam-se de alguma forma misteriosos para o outro sexo. Embora na mulher possa existir algum temor pelo pênis do homem, nada se compara ao temor que os homens sentem pela vagina. É um perigo ameaçador porque não é visível e porque suas propriedades são estranhas.

“O que destrói o homem é a vulva”, dizia um velho maori, aborígine da Nova Zelândia. O que era explicado melhor por australianos da região central: “A vagina é muito quente, é um fogo e cada vez que o pênis ali penetra morre.” Os maoris ainda associam a vagina à morte. Os nomes que usam para designá-la são “casa da morte e da desgraça” e “buraco destruidor”.

Nos mitos, a vagina é representada alternadamente como força devoradora, devastadora, insaciável. Na Índia, inúmeras lendas falam de mulheres cuja vagina está cheia de dentes. O pênis do homem seria decepado por tal monstruosa boca. Esse medo é ligado inicialmente ao do sangue menstrual, assustador e doentio, já que é objeto de imensa quantidade de tabus, mas também o sangue da defloração, que muitos acreditam trazer azar.

No Ocidente, no século 12, vários textos aconselhavam os homens a tomar distância em relação à mulher devido ao seu desejo sexual incontrolável. Na França, o bispo Etienne de Fougère, falando sobre as mulheres, exortava os homens a mantê-las bem trancadas. Alegava que se elas estivessem entregues a si mesmas, sua sexualidade se exacerbaria de tal forma que procurariam se satisfazer com os empregados, ou então entre si.

Hoje, apesar de essas crenças sobre a vagina e a sexualidade feminina serem vistas como absurdas para muita gente, no inconsciente elas parecem ainda exercer enorme influência.

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