FONTE: *** Amarílis Lage, Colaboração para o VivaBem, http://vivabem.uol.com.br
Entenda o que causa o surgimento dos acrocórdons,
muito comuns no pescoço, e saiba quais são os métodos mais indicados para se
livrar deles.
Você já deve ter tido, mas nem sabia que essas
bolinhas super comuns têm nome: acrocórdon. Elas surgem principalmente na
região do pescoço, nas axilas, na virilha e logo abaixo dos seios. Têm formato
pendiculado e podem ser um pouco mais escuras que a pele.
Quem tem esse tipo de lesão na pele não precisa
se preocupar – as bolinhas são assintomáticas e não causam qualquer dano à
saúde. Porém, elas podem indicar a presença de outros problemas, como
resistência à insulina, por isso é importante ficar alerta sobre seu
aparecimento.
O que são?
Ao contrário do que muita gente pensa, essas
pápulas não são um tipo de verruga. O termo verruga define as lesões duras e
ásperas causadas pelo papiloma vírus humano (HPV). Já os acrocórdons (também
chamados de fibromas moles, quando maiores) não têm nada a ver com infecções
por vírus, bactérias ou fungos. Eles são compostos por um tecido igual
ao da nossa pele: epiderme, tecido conjuntivo, vasos e, às vezes,
tecido adiposo (gordura). Elas podem causar desconforto físico e estético, mas
não há transformação para câncer.
Por que surgem?
Essa é uma das lesões cutâneas que aparecem
naturalmente com a idade. Por isso, são mais comuns a partir dos 40 anos. E tem
um fator genético: há famílias que as apresentam em maior frequência.
Mas vale destacar que, muitas vezes, o aparecimento
está relacionado a sobrepeso, obesidade e diabetes tipo 2. Quem tem
muitos acrocórdons precisa prestar atenção no nível de insulina.
Nas mulheres, é comum o aparecimento durante a
gestação – isso ocorre devido à presença de hormônios que estimulam o
crescimento epidérmico (o que também faz com que as pintas fiquem mais
evidentes nesse período).
É necessário retirá-los?
Depende. Os acrocórdons não oferecem risco à
saúde e muitas vezes somem espontaneamente. Porém, vale a pena eliminá-los
quando eles se tornam fonte de incômodo, seja ele estético ou físico. Há quem
se queixe de coceira na região afetada. Outras pessoas acabam se ferindo com
frequência – é o caso de mulheres com acrocórdons nas axilas, que se machucam
durante a depilação com lâmina.
Como deve ser feita a retirada?
Por se tratar de uma lesão muito superficial, a
técnica mais comum é o “shaving”. Nesse tipo de procedimento, as lesões são
retirados com uma lâmina bem delicada, às vezes, com anestesia local ou creme
anestésico. Além disso, é possível destruir a lesão com radiofrequência
[bisturi elétrico], laser ou crioterapia [técnica em que áreas específicas do
corpo são submetidas ao frio intenso].
É importante destacar que, independentemente do
método utilizado, o procedimento deve ser realizado por um médico – seja ele
dermatologista ou cirurgião plástico. Afinal, embora não seja muito complexo,
trata-se de um procedimento invasivo.
Dá para tirar por conta própria?
Não. Receita caseira nunca é uma boa ideia. O
aviso vale tanto para a aplicação de óleos, sumos e seiva de plantas, como para
o uso de remédios para tratar verrugas, à venda em farmácias. Retirar o
acrocórdon por meio de lâminas, fios etc. também é bem perigoso.
Quem recorre a soluções do tipo corre o risco de
acabar com uma irritação no local, assim como queimaduras, infecções e
cicatrizes.
*** Fontes
consultadas: Luciana Baptista Pereira, professora de
dermatologia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e Renata Ferreira
Magalhães, chefe do serviço de dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas da
Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Nenhum comentário:
Postar um comentário