FONTE:
Colaboração para o UOL, http://tecnologia.uol.com.br
Passar bastante tempo
usando redes sociais é bom ou ruim? Esta é uma pergunta que vários
especialistas já fizeram, e o Facebook, que é parte interessada no assunto,
resolveu consultar a comunidade acadêmica norte-americana para responder a esse
questionamento. De modo geral, a conclusão dos vários estudos é que depende de
como as pessoas utilizam.
Quando faz mal?
O exemplo dado pelo
Facebook sobre o tema é que o uso de redes sociais faz mal quando o usuário
simplesmente consome informação de forma passiva - ou seja, fica rolando pelas
páginas, sem falar com as pessoas ou interagindo. Foi constatado que nesses
casos os usuários se sentem mal após navegar pela rede.
De acordo com um
estudo da Universidade de Michigan, estudantes relataram piora no humor no fim
do dia após navegarem por 10 minutos sem postar ou conversar com amigos no
Facebook, quando comparado com outros que interagiram bastante com contatos da
rede.
Um outro
levantamento, este feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San
Diego e Yale, constatou que usuários que clicam quatro vezes mais em links nas
redes sociais que a média das pessoas, e que curtiram duas vezes mais posts que
a média, apresentaram saúde mental inferior.
Uma das
hipóteses é que ler sobre os outros na internet pode levar a uma comparação
negativa social - as pessoas tendem
a se achar pior que as outras.
É importante levar em
consideração que a maioria das pessoas online compartilha apenas aspectos
positivos da vida (como viagens, aniversários, conquistas, etc). Diferente da
vida offline, em que as pessoas "editam" menos o que querem expor.
Quando faz bem?
As redes sociais
podem fazer bem às pessoas quando elas interagem com pessoas próximas, seja
postando, comentando ou enviando mensagens. Esse tipo de contato, segundo
estudos citados pelo Facebook, está ligado à melhoria do bem-estar dos
usuários.
Um estudo conduzido
na Carnegie Mellon University concluiu que pessoas que compartilhavam ou
enviavam mensagens e comentários apresentaram melhoria relacionada à depressão
e solidão.
Em outra pesquisa,
conduzida pela Cornell, estudantes universitários sob situação de estresse
foram convidados a navegar por perfis de usuários por 5 minutos. No fim do
experimento, foi constatado que os que viram seus próprios perfis tiveram um
aumento no sentimento de autoafirmação.
O que o Facebook quer com isso?
A rede diz que quer
se tornar mais uma ferramenta de interações sociais do que um local para as
pessoas passarem tempo. Por causa disso, a empresa diz que está investindo em
melhorar o feed de notícias, como a adoção do Snooze, que permite "calar" um amigo ou uma página por
até 30 dias, e a redução de engajamento de páginas que forçam interações - como
"curta se você fez isso quando criança".
O Facebook, citando
estudos relevantes, diz que as interações sociais com pessoas próximas tornam a
vida delas melhor. Talvez valha tomar o conselho da rede social de forma mais
literal, e tentar interagir mais pessoalmente com amigos e entes queridos - e,
de preferência, com o smartphone de lado.
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