Um possível novo
tratamento para a esclerose múltipla foi identificado em estudo realizado por
pesquisadores das Universidades de Alberta e de McGill, no Canadá. Os
resultados foram publicados na revista JCI Insight.
No
estudo, foram examinados tecidos de cérebros humanos
doados. Descobriu-se que o cérebro de pessoas com esclerose múltipla
apresentava nível muito alto de uma proteína chamada calnexin, em comparação
com o cérebro de quem não possuía a doença.
A equipe, então, usou
ratos para examinar a influência do calnexin em criaturas vivas. Os autores do
estudo ficaram muito surpresos ao descobrir que os animais que não tinham
calnexina pareciam ser "completamente resistentes" a esclerose
múltipla.
"Acontece que o
calnexin está de alguma forma envolvido no controle da função da barreira
hematoencefálica", explicou o co-autor do estudo, Marek Michalak, da
Universidade de Alberta, ao Science
Daily.
Essa estrutura
geralmente funciona como uma parede e restringe a passagem de células e
substâncias do sangue para o cérebro. "Quando existe muito calnexin, essa
parede permite o acesso de células irritadas, que destroem mielina".
Michalak e colegas
acreditam que esses achados identificam o calnexin como um alvo potencialmente
para o desenvolvimento de futuras terapias para a esclerose múltipla.
"Nosso desafio agora é provar exatamente como essa proteína funciona nas
células envolvidas na constituição da barreira hematoencefálica",
acrescenta o co-autor Luis Agellon, da Escola de Nutrição Humana de McGill.
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