quarta-feira, 4 de julho de 2018

HEPATITE C É A QUE MAIS ACOMETE OS BAIANOS...


FONTE: Jordânia Freitas,, Salvador, http://www.trbn.com.br




Mês de julho é dedicado ao combate das hepatites virais.


Doenças silenciosas que acometem o fígado, as hepatites as hepatites virais são responsáveis por cerca de 1,4 milhão de óbitos anualmente no planeta.   De acordo com o Ministério da Saúde, dentre os cinco tipos identificados de hepatite (A, B, C, D e E), o C é o responsável pelo maior número de casos e de mortes no país. Entre 2000 e 2015, foram identificadas 46.314 mortes relacionadas à patologia. Na Bahia, o cenário não é diferente. Dados da Secretaria da Saúde do Estado apontam que 690 baianos foram diagnosticados com a hepatite C ano passado. Este ano, já houve registro de 294 casos.

O médico hepatologista Raymundo Paraná, responsável pelo Ambulatório de Hepatites Virais do Hospital das Clínicas, explica que o vírus C está presente no sangue e a principal forma de contágio é por meio do compartilhamento de materiais perfurocortantes, como seringas, lâminas de barbear e alicates de unha.

O especialista pontua ainda que a doença costuma ser assintomática nos primeiros anos após o contágio. “Ela causa doença crônica de fígado. A pessoa passa muitos anos sem perceber e só identifica se for rastreada. Quando está avançada, pode causar fadiga, cansaço, dificuldade de concentração até perda da funcionalidade do fígado, inchaço nas pernas, machas roxas na pele. Geralmente quando está nesta fase o paciente já está precisando de transplante”, pontuou o hepatologista.

Ainda segundo Raymundo Paraná, os casos de pacientes novos com este tipo de hepatite são raros no estado. A maioria das pessoas foi infectada até a década de 1990, quando era comum o uso de alguns materiais que , até então, não eram descartáveis, como seringa de vidro, agulha para tatuagem e cateter.

“Dentista não usava luva, muita gente se contaminava tomando injeção em farmácia também”, pontuou o médico, destacando a importância de pessoas acima de 45 anos -  faixa etária com maior incidência da doença -  realizarem o teste rápido que detecta a doença uma vez por ano. 

O teste é gratuito e pode ser feito em unidades básicas de saúde, com resultado em 30 minutos. Pessoas que receberam transfusão de sangue antes de 1993 ou que fizeram tatuagem ou piercing no período também devem redobrar a atenção. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza medicamentos que tratam a doença em 12 semanas, na maior parte dos casos. O tratamento é via oral e a chance de cura é superior a 90%. 

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