Em
2017, a Capitania dos Portos da Bahia registrou um incidente de choque de
embarcação com baleias, ocorrência que resultou apenas em danos materiais.
Em período de
reprodução e deslocamento para a região da Antártida, está sendo comum a
visualização de baleias próximas a costa baiana. Só no mês passado, duas delas
foram encontradas mortas: uma na praia de Armação, em Salvador, e outra na Ilha
dos Frades. Na segunda, outros dois cetáceos foram vistos dando saltos na Baía
de Todos-os-Santos, na região próxima a praia da Barra.
Contudo, chamou a
atenção, além do show dado, a proximidade das baleias com embarcações que
estavam navegando na região, o que representa risco não apenas para elas como
também para as embarcações. Por isso, a Marinha faz um alerta para aqueles que
estiverem nas águas da Baía no período em que elas estiverem por aqui. Em 2017,
a Capitania dos Portos da Bahia registrou um incidente de choque de embarcação
com baleias, ocorrência que resultou apenas em danos materiais.
“A Capitania dos Portos
da Bahia (CPBA), na qualidade de Agente da Autoridade Marítima, recomenda aos
navegantes que naveguem com atenção redobrada neste período e que, ao se
depararem com as espécies de baleias que frequentam o litoral baiano nesta
época do ano, mantenham distância segura e realizem navegação com velocidade
compatível a manobras evasivas, com a finalidade de evitar choques”, informou a
assessoria de comunicação, em nota.
Perigo aos animais.
De acordo com o Projeto
Baleia Jubarte, casos de choques entre embarcações e animais são registrados em
maior quantidade no estado durante o período de reprodução dessas baleias na
costa brasileira. Com a grande concentração delas no mar, principalmente na
região do Banco dos Abrolhos (entre o extremo sul da Bahia e o norte do
Espírito Santo), algumas embarcações acabam se chocando acidentalmente contra
os animais, oferecendo risco de morte tanto aos animais quanto a quem está a
bordo da embarcação.
A depender do choque do
barco com a baleia, o animal pode vir a óbito imediatamente. Em muitos casos,
eles permanecem vivos, porém feridos, o que pode fazer com que a baleia sofra
uma hemorragia ou infecção e venha a morrer num futuro próximo.
Os barcos a vela que
navegam sem motor oferecem um risco maior de acidentes, uma vez que não
produzem ruído suficiente para que as baleias identifiquem sua aproximação. Da
mesma forma, em algumas circunstâncias ocorre um mascaramento do ruído
produzido pelos grandes navios, impedindo que os animais percebam o risco
iminente de atropelamento. Isso aumenta a chance de choque contra a embarcação,
o que pode vir a fazer com que o animal tenha partes do seu corpo decepadas.
Estes casos geralmente envolvem filhotes, já que quando muito novos os animais
ainda não possuem o mesmo reflexo suficientemente rápido dos adultos para um
mergulho imediato, segundo o Projeto Baleia Jubarte.
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