Cientistas dos Estados
Unidos, do Reino Unido e da Espanha desenvolveram um arroz geneticamente
modificado que promete ajudar no combate ao HIV. A descoberta foi publicada
no periódico National Academy of Sciences
nesta
semana.
A ideia dos
pesquisadores não é utilizar o cereal como alimento e, sim, para produzir uma
pasta que, ao ser aplicada na pele, poderia inibir o vírus e seus sintomas.
Eles acreditam que o
produto teria o mesmo potencial dos medicamentos antirretrovirais e poderia ser
uma solução de baixo custo para o tratamento de pessoas com Aids em países
subdesenvolvidos, em que medicamentos tradicionais são de difícil acesso.
A equipe de cientistas
afirma que o arroz transgênico pode oferecer uma solução efetiva --e acessível
-- para pessoas infectadas com HIV. Se tratado adequadamente, o vírus pode ser
controlado e os pacientes ter uma vida longa e saudável.
De acordo com os
especialistas, o arroz modificado conta com três proteínas microbicidas (2G12,
lectina e cyanovirin-N). Em testes preliminares in vitro, essas
substâncias se ligaram à glicoproteína do HIV --que permite que o vírus atingir
as células do organismo -- e neutralizam sua ação.
As vantagens do arroz.
Os cientistas
ressaltaram que o creme produzido com o arroz poderia ter o mesmo efeito dos
medicamentos antirretrovirais, mas trazer algumas vantagens. Quando a plantação
do cereal está totalmente cultivada, os grãos podem ser produzidos com um
custo baixo, tornando o tratamento extremamente acessível.
Embora os resultados
iniciais sejam promissores, os cientistas terão primeiro que mostrar que não
há efeitos colaterais prejudiciais e, em segundo lugar, terão que cumprir
várias restrições regulatórias em vigor nos países que esperam desenvolver mais
pesquisas.
"Essa estratégia
inovadora é, de forma realista, boa maneira de os coquetéis microbicidas serem
fabricados a um custo baixo o suficiente para o mundo em desenvolvimento, onde
a profilaxia do HIV é mais procurada", defenderam os autores do estudo.
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