FONTE: *** Jairo Bouer, https://doutorjairo.blogosfera.uol.com.br
Quantos parceiros sexuais você já teve na vida? Se você fizer essa
pergunta a um homem e a uma mulher, é bem provável que ouça números bem
diferentes, ainda que ambos tenham tido experiências parecidas. O motivo dessa
disparidade costuma ser o receio que se tem da opinião dos outros.
As mulheres costumam diminuir o total porque temem ser julgadas como
fáceis ou vulgares (infelizmente, esse preconceito ainda existe na nossa
sociedade), ou porque não querem que os parceiros se sintam diminuídos
(infelizmente, também, alguns homens podem ficar melindrados pelo fato de a
parceira ter mais experiência que eles). Os homens, por sua vez, gostam de
contar vantagem.
Um estudo que acaba de ser publicado no The Journal of Sex Research
confirmou essa tendência. Pesquisadores da Universidade de Glasgow, no Reino
Unido, analisaram as respostas de mais de 15.000 indivíduos de ambos os sexos,
de 16 a 74 anos, sobre o assunto. Os resultados? As mulheres relataram ter
tido, em média, sete parceiros sexuais ao longo da vida. Já os homens disseram
ter ido para a cama com 14 pessoas diferentes.
Segundo os pesquisadores, alguns homens e mulheres apresentaram
resultados bem diferentes da média – o número máximo foi 110, para eles, e 50,
para elas. A exclusão desses casos reduziu a média geral, o que diminuiu a
diferença entre os gêneros.
O interessante é que a estratégia para fazer a contagem também diferiu
entre os sexos – enquanto as mulheres tentavam se lembrar de cada parceiro, os
homens eram mais preguiçosos e propensos a chutar uma média.
Os homens também foram mais liberais nas opiniões sobre determinados
temas. Eles foram mais propensos a dizer que achavam sexo casual "nada
errado" (9% versus 18% das mulheres), por exemplo, ou a enxergar o sexo
fora do relacionamento como "sempre errado" (65% versus 57%).
No Brasil, só por curiosidade, uma pesquisa divulgada pelo Ministério da
Saúde em 2015 mostrou que mais de 44% da população sexualmente ativa teve mais
de 10 parceiros ao longo da vida. Dez anos antes, essa proporção não chegava a
20%, o que comprova que houve uma mudança de padrão. O problema é que o uso da
camisinha não tem acompanhado a nova realidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário