Antes de
responsabilizar o par ou achar que sofre
de frigidez, que tal investigar o seu dia a dia e
tentar descobrir o que vem impedindo o seu orgasmo? Em muitos casos, basta uma
nova atitude ou uma mudança de hábito para ter uma vida sexual mais ativa e
saudável --e ter até orgasmos
múltiplos.
1. Ficar pensando se
está prestes a chegar ao clímax ou não.
Querer atingir o
orgasmo a todo custo só vai causar ansiedade. A delícia da transa, por si só,
acaba ficando em segundo plano. Que
tal relaxar e apreciar a experiência?
2. Querer dar conta de
tudo na vida.
O estresse
é um dos principais inimigos do sexo. Com tanta preocupação e tarefa na cabeça,
como deixar os pensamentos para fora do quarto e se entregar ao prazer? Difícil
gozar se mente e corpo não falam a mesma linguagem, né?
Em vez de querer bancar
o mulherão da porra em tudo, por que não se contentar em fazer o melhor
possível com as ferramentas e possibilidades que tem? Você não precisa ser a
perfeita em tudo, até porque perfeição não existe.
Se o acúmulo de papéis
--profissional, mulher, mãe, dona de casa, amiga, amante, filha e infinitos
outros-- está deixado você exausta e nervosa, é importante respirar fundo,
analisar o que é ou não urgente e, principalmente, delegar ou pedir ajuda.
3. Desconhecer o
próprio corpo.
Tudo bem, nem toda
mulher curte se
masturbar --e não há nenhum problema em não gostar de
praticar o prazer solitário.
No entanto, para tirar
o maior proveito possível do sexo é preciso conhecer como o próprio corpo
funciona. Isso significa saber que tipo de estímulo prefere, quais
suas zonas erógenas mais sensíveis, o que a leva a ficar
molhada mais rápido etc.
4. Fumar.
Você deve estar cansada
de saber todos os males que o cigarro é capaz de causar, certo? Pois, segundo
especialistas, o fumo também está relacionado à ardência que algumas mulheres
costumam sentir durante o sexo, incômodo que impede o relaxamento, a excitação
e, consequentemente, o orgasmo.
Mais do que um sintoma
de dispareunia
ou vaginismo,
no caso das fumantes, esse sintoma acontece por causa da secura vaginal. Como a
nicotina e outras substâncias presentes no cigarro afetam os vasos sanguíneos,
a irrigação dos tecidos da vagina é prejudicada, afetando a lubrificação. Fumar
ainda atrapalha a produção do hormônio estrogênio, antecipando a menopausa -
-fase marcada por ressecamento vaginal.
5. Não se exercitar.
Em longo prazo, o sedentarismo
pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas --males
que acabam comprometendo a ação dos vasos sanguíneos, prejudicando a
lubrificação vaginal.
Porém, principalmente
para quem tem um cotidiano corrido e estressante, a falta de atividade física
acaba provocando cansaço, mau humor, ansiedade,
irritabilidade e baixa disposição. Para completar, o baixo nível de endorfinas
--substâncias responsáveis pelo bem-estar cujos índices aumentam com
exercícios-- afeta a autoestima, comprometendo a vida sexual.
6. Comer mal.
A má alimentação pode
causar inúmeras enfermidades que afetam a circulação e a disposição mental e
física, de maneira geral. Porém, quem abusa de pratos muito gordurosos,
açúcares e bebidas
gaseificadas podem sofrer de pouca disposição para
transar, já que são alimentos que "roubam" a energia.
É válido incluir no
cardápio alimentos que aumentam a produção dos hormônios sexuais ou atuam no
sistema nervoso central. Exemplos: frutas adocicadas (morango, framboesa,
banana e atemoia), baunilha, curry e gengibre.
7. Dormir pouco.
Segundo um estudo
conduzido por pesquisadores da Universidade de Michigan (EUA), nos Estados
Unidos, as mulheres com média maior na duração do sono relatam mais excitação
genital do que aquelas que dormem menos normalmente.
Cada hora adicional de
sono, de acordo com os resultados, corresponde a um aumento de 14% nas chances
de sentirem desejo de transar no dia seguinte. A explicação é que durante a
fase REM (rapid eye movement) do sono, período de atividade cerebral mais
intensa, a circulação sanguínea também aumenta --inclusive na vagina.
8. Ignorar a dor
durante o sexo.
Sentiu coceira,
ardência, secura ou qualquer outro tipo de incômodo ao transar? Pare tudo.
Nenhum tipo de dor deve
ser ignorada, pois você pode, sem saber, ter
infecções como candidíase, tumores benignos e malignos, cistite, lesões
dermatológicas causadas por DSTs (doenças sexualmente
transmissíveis) e/ou traumatismos. Forçar a barra, mesmo que abusando de
lubrificantes, só piora o problema. Você não vai relaxar (chances zero de
orgasmo, portanto) e o problema pode piorar a cada vez que tentar. Procure
ajuda médica: a dor costuma desaparecer após o tratamento da doença que provoca
o desconforto.
*** Fontes: Cristina
Carneiro, ginecologista e obstetra, de São Paulo (SP); Iva Bittencourt,
personal trainer, de São Paulo (SP); José Bento de Souza, ginecologista,
obstetra e coautor de "Sexualidade - Autoconhecimento e Qualidade de Vida
(Ed. Alaúde)"; Paula Castilho, nutricionista, de São Paulo (SP), e Poliani
Prizmic, ginecologista, obstetra e coautora de "Sexualidade -
Autoconhecimento e Qualidade de Vida (Ed. Alaúde)".


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