Será que uma rede
social é capaz de gerar uma epidemia de desnutrição? É o que sugere uma
pesquisa financiada pelo governo britânico. A maioria das mulheres na faixa dos
25 anos de idade está com carência de minerais essenciais, como potássio
magnésio e cobre, sem contar outras deficiências que já eram frequentes nessa
idade, como de ferro e cálcio. Para os pesquisadores, a culpa é da internet,
que tem incentivado medidas como a exclusão de alimentos de origem animal,
glúten, laticínios ou grãos.
A Pesquisa Nacional de
Dieta e Nutrição, realizada na Inglaterra, contou com dados de 3.238 adultos. A
análise mostrou que a mulher média daquele país tem falta de nada menos que
sete dos oito minerais essenciais. O homem médio está só um pouco mais
saudável, e apresenta níveis abaixo da média de cinco deles. As deficiências
podem causar fadiga, enfraquecimento do sistema imunológico, ossos frágeis,
problemas musculares e até infertilidade. As informações foram divulgadas no
jornal britânico Daily Mail.
Uma outra pesquisa
recente, da Universidade College London, associou o uso do Instagram à
ocorrência mais alta de transtornos alimentares como a ortorexia, que é a
obsessão por alimentação saudável. Essas pessoas passam cortam grupos
alimentares por completo, e tendem a exagerar também nos exercícios. Assim como
a anorexia, existe uma tendência a rituais, perfeccionismo, pensamentos
intrusivos e isolamento social.
Embora a ortorexia
ainda não seja oficialmente reconhecida como transtorno alimentar, uma pessoa
que tenha deficiências nutricionais por causa desse tipo de comportamento ou
sinta que a obsessão traz sofrimento deve buscar ajuda. Terapia e reeducação
alimentar podem ajudar bastante. Claro que ter uma alimentação saudável é
importante, mas viver em função disso pode limitar muito a vida de alguém.
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