A taxa de sobrevivência
de crianças e adolescentes diagnosticados com câncer aumentou
significativamente nas últimas três décadas estudadas, sugere pesquisa. Publicado no
periódico JAMA Oncology na quinta-feira (2), o estudo mostra que as novas
abordagens de tratamento foram as responsáveis pela elevação da expectativa,
embora os sobreviventes permaneçam em risco de vida útil mais curta.
De acordo com o
levantamento, mais de 80% das crianças e adolescentes diagnosticados com câncer
agora sobrevivem pelo menos cinco anos. No entanto, eles também são muito mais
propensos a enfrentar sérios problemas de saúde e morte prematura na idade
adulta. "Embora nossas descobertas sugiram que a sobrevivência a longo
prazo deve melhorar, os sobreviventes adultos de câncer infantil permanecem em
risco por uma vida útil reduzida", escreveram os pesquisadores.
Durante as três décadas
estudadas (1970, 1980 e 1990), a proporção de sobreviventes tratados apenas com
quimioterapia aumentou (de 18% em 1970-1979 para 54% em 1990-1999).
Por outro lado, durante
o mesmo período, apenas pequenas melhorias na expectativa de vida foram
projetadas para os sobreviventes tratados com radioterapia (21 a 17,6 anos) ou
com radioterapia e quimioterapia (17,9 anos a 14,8 anos).
Para o maior grupo de
sobreviventes por diagnóstico —aqueles com leucemia em 1970-1979 para 8 anos na
década de 1990.
Como
o estudo foi feito.
Pesquisadores da
Universidade de Harvard, St. Jude Children's Research Hospital e de outros países
desenvolveram um modelo de micro-simulação de riscos concorrentes de
mortalidade, para estimar a expectativa de vida de cinco anos de sobreviventes
de câncer infantil entre 1970 e 1999.
Foram usados dados do
Estudo de Sobrevivente de Câncer na Infância(44% do sexo feminino e 56% do sexo
masculino; idade média no diagnóstico de 7,3 anos).
O modelo incluía
recorrência tardia, efeitos tardios aos tratamentos (cânceres subsequentes,
eventos cardíacos, condições pulmonares e outros) e taxas de mortalidade de
fundo nos EUA.
Entre a coorte
hipotética de sobreviventes de 5 anos de câncer infantil representativa dos
participantes do estudo, a expectativa de vida condicional foi de 48,5 anos
para sobreviventes de 5 anos diagnosticados na década de 1970; 53,7 anos para a
década de 1980; e 57,1 anos para aqueles diagnosticados entre 1990 e 1999.
Novas
abordagens.
Segundo os autores do
estudo, as descobertas destacam a necessidade de novas abordagens terapêuticas
para os diagnósticos de câncer. "A radioterapia continua sendo um
componente integral do controle local da doença e para o cuidado vigilante dos
sobreviventes que receberam radioterapia quando crianças, por exemplo".
Os pesquisadores também
alertam para o cuidado entre os adultos que tiveram câncer durante a infância.
Esses indivíduos devem seguir com acompanhamento e reduzir seus comportamentos
de risco, especialmente porque entre todos os grupos estudados, a mortalidade
precoce foi impulsionada principalmente por novos diagnósticos de câncer e
problemas cardíacos subsequentes.
"Embora tenhamos
percorrido um longo caminho desde os primeiros dias do tratamento em oncologia
pediátrica, nosso trabalho está longe de estar completo", escreveram os
médicos.
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