FONTE: (www.bolsademulher.com).
Estima-se
que até 80% da população já teve contato com o vírus.
O HPV é uma sigla em inglês para Human Papilona Virus,
doença que provoca lesões de pele ou nas mucosas genitais, tais como vulva,
vagina, colo do útero, pênis ou ânus. “O vírus também pode se manifestar em
boca, fossas nasais e tem casos até de papiloma conjuntival (na conjuntiva do
olho) causado pelo vírus HPV. Estima-se que 50 a 80% das pessoas já tiveram
contato com pelo menos um tipo de vírus do HPV na vida, mas nossa imunidade, na
maior parte das vezes, impede que esse vírus cause lesões” complementa Dra.
Tânia Valladares, ginecologista e especialista na saúde da mulher.
Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, classificados em baixo risco de câncer e alto nível, estes, que podem gerar tumores malignos.
Trata-se de uma infecção
adquirida por meio da relação sexual, e a melhor prevenção é usar preservativos
(camisinha), o que reduz a possibilidade de transmissão do vírus. A maioria das
infecções é transitória, sendo combatidas pelo próprio organismo que desenvolve
anticorpos contra o vírus. Porém, em alguns casos, eles são não suficientes.
O vírus atinge um grande
percentual de mulheres, apesar de afetar os homens também. Por conta da
vulnerabilidade das variações do ciclo hormonal e da imunidade ao longo do mês,
nós mulheres temos mais possibilidades da contrair o HPV. “O exame preventivo
do colo uterino, o famoso papanicolau, permite o diagnóstico do HPV em fases
muito precoces, quando ainda não há câncer, e possibilita, portanto, um
tratamento mais simples e com alta chance de cura.Uma terceira arma contra o
HPV, é a vacina. Vale lembrar que ela não dispensa nem o uso de preservativo
nem a realização do exame do colo do útero”, explica a Dra. Tânia Valladares.
Nas mulheres grávidas, o risco é
ainda maior, já que a imunidade da gestante nessa fase é menor. “A descoberta
do HPV durante a gestação em nada interfere na formação do bebê, muito menos impede
o parto vaginal, que deve ser sempre incentivado pelos benefícios que traz
tanto para a mãe quanto para a criança”, afirma a ginecologista Tânia
Valladares.
Mesmo tendo centenas de tipos, a
maioria das infecções é causada por apenas quatro vírus. As versões 16 e 18 do
HPV são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo de útero, já os HPV 6
e 11 correspondem em 90% das verrugas genitais. Diante desse quadro, foram
desenvolvidos dois tipos de vacina:
- Quadrivalente (gardasil): Protege contra 4 tipos de vírus:
16,18,6 e 11. E é indicada para mulheres e homens entre 9 e 26 anos de idade.
- Bivalente (Cervarix): que protege contra o vírus 16 e
18. Também indicada para a mesma faixa etária da quadrivalente.
A vacina funciona estimulando a
produção de anticorpos específicos para os vírus. A proteção contra a infecção
depende da produção de anticorpos produzidos pelo organismo da pessoa vacinada,
assim como sua persistência durante um longo período. “Atualmente apenas homens
e mulheres entre 9 e 26 anos podem tomar, embora já se encontram estudos para
se estender o limite de idade em vigor em alguns países” complementa a
Ginecologista Dra. Cláudia Leitão.
No Brasil, o custo da vacina ainda é muito alto, se tornando pouco
acessível para a maioria das pessoas. Em média, cada dose custa R$ 300,00 (a
vacinação é realizada em três doses sendo o intervalo entre a primeira e a
segunda dose de 2 meses, e a terceira dose é dada 6 meses após a primeira
dose), somando um total de R$ 900,00. “A liberação gratuita da vacina deverá
ser em um futuro que espero não ser muito distante. Já que o HPV é hoje um
importante e grande problema de saúde pública”, ressalta a ginecologista Cláudia
Leitão.
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