FONTE: Daniela Pereira, TRIBUNA DA BAHIA.
Quem costuma pagar um valor a mais
para ter a garantia estendida do
bem adquirido, precisa ficar atento. Ontem, foi determinado pelo Conselho
Nacional de Seguros Privados (CNSP), ligado ao Ministério da Fazenda, que as
lojas não poderão fazer vendas casada da garantia estendida, como vinha
acontecendo.
De acordo com a Superintendência de
Seguros Privados (Susep), as medidas valerão a partir da próxima semana quando
será publicada no Diário
Oficial da União. Porém, as seguradoras terão até 180 dias para se adaptar às
novas normas. Com a nova determinação, consumidores reclamam da falta de apoio
na hora de comprar mercadorias.
As vendas de celulares, computadores e
aparelhos eletrônicos são as mais efetuadas nos últimos cinco anos. Há dois
dias, Ricardo Alves, 24 anos, trocou de celular e recebeu garantia estendida
pelo produto. Ao ser avisado que a venda casada está proibida, o estudante de
publicidade disse estar aliviado por ter realizado a compra antes da
determinação. “Sou uma pessoa que não tem muita sorte com bens materiais. Eles
sempre quebram ou apresentam defeitos. Troquei de celular porque o meu estava
ultrapassado e fiz questão de ter garantia estendida. Ainda bem que não deixei
pra comprar esta semana”, comemorou.
A garantia estendida representa um seguro que o comprador contrata no
momento da aquisição de bens duráveis que permite consertos e até a troca do
produto em prazo maior que a garantia oferecida pelo fabricante. Atualmente, o
serviço era oferecido no comércio tradicional e nas páginas das lojas na
internet. Com a nova determinação, as seguradoras que oferecem a garantia
estendida pagarão multa que varia de R$ 10 mil a R$ 500 mil.
Segundo a servidora Maria Dulcimeire da Silva não obter a garantia
estendida é mais um método de prejudicar a população. “Já precisei da garantia
estendida algumas vezes e mesmo assim fiquei no prejuízo. Com a retirada desse
benefício, o cliente fica desamparado de vez, pois não tem nem onde recorrer
seus direitos”, reclamou.
Devido ao feriado, a Tribuna não conseguiu contato com
o Procon (Defesa do Consumidor) para obter mais informações sobre a
medida e as perdas para o consumidor.
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