terça-feira, 22 de outubro de 2013

MÉTODOS QUE INTERROMPEM A MENSTRUAÇÃO TÊM SEUS PRÓS E CONTRAS...

FONTE: (, Mariana Bueno (www.bolsademulher.com)

Medicamentos podem reduzir cólicas, TPM e incidência de tumores.

       
Cólicas, inchaço, dores de cabeça, mau humor… Muitas mulheres sonham em se verem livres desses incômodos característicos do período menstrual. Para isso, há quem recorra aos métodos que interrompem a menstruação. São medicamentos que alteram os hormônios responsáveis pelo espessamento do endométrio, a camada interna do útero, de forma a não deixar que ele espesse, e, portanto, não sangre. Entre os principais métodos estão os anticoncepcionais orais, o dispositivo intra-uterino, vaginal ou subcutâneo, os adesivos cutâneos e os injetáveis.
A ginecologista e obstetra Karina Zulli, do Hospital e Maternidade São Luiz, explica que qualquer mulher pode interromper a menstruação, desde que não haja alguma contra-indicação para uso hormonal contínuo, como doenças pessoais ou familiares, trombose e câncer de mama ou endométrio. “Não existe idade mínima para começar, mas o ideal é apenas que se espere completar o primeiro ano da primeira menstruação – devido à fase de crescimento feminino até este momento. A partir daí, qualquer mulher assistida por um profissional da saúde pode se beneficiar de qualquer um destes métodos”, afirma.
A menstruação pode ficar interrompida por tempo indeterminado, até que haja desejo reprodutivo. “É mito acreditar que anos de exposição ao bloqueio menstrual possa agregar qualquer risco à gestação. Ao longo dos anos, a contar da criação dos anticoncepcionais na década de 60, a quantidade hormonal existente em qualquer um dos métodos oferecidos tornou-se extremamente baixa e, comparativamente à época de lançamento, praticamente inofensiva”, esclarece a ginecologista. “O que fica claro é que as mulheres, através dos anos, postergaram o desejo da maternidade de forma significativa, deixando para decidir após os 35 e perto dos 40 anos. Isso sim é a grande mudança da dificuldade hoje de engravidar, e não o tempo do uso de qualquer método para evitar menstruação”.
Entre os benefícios apresentados, estão a redução da incidência de tumor de ovário, tratamento da TPM, e bons resultados em relação à cura ou amenização das cólicas. Mas assim como qualquer método hormonal, os que interrompem a menstruação podem apresentar algum efeito colateral. Por isso é de suma importância que tudo seja feito com assistência médica. Entre as queixas mais comuns de pacientes, estão a retenção de líquido e dores de cabeça, mas é preciso avaliar cada caso antes de afirmar que a causa é apenas por culpa do hormônio. De qualquer forma, é recomendável escolher os que possuem a menor quantidade hormonal, ou apenas um hormônio único na fórmula. “Há uma ampla gama de métodos com a mesma finalidade disponíveis hoje no mercado, e certamente existe algum que pode trazer mais benefício que desconfortos colaterais. Raras pacientes não conseguem se beneficiar de qualquer um dos métodos, ou qualquer posologia, e acabam precisando realmente lidar com os ciclos menstruais”, explica.

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