FONTE: (, Mariana Bueno (www.bolsademulher.com)
Medicamentos podem reduzir cólicas, TPM e incidência de tumores.
Cólicas, inchaço, dores de
cabeça, mau humor… Muitas mulheres sonham em se verem livres desses incômodos
característicos do período menstrual. Para isso, há quem recorra aos métodos
que interrompem a menstruação. São medicamentos que alteram os hormônios
responsáveis pelo espessamento do endométrio, a camada interna do útero, de
forma a não deixar que ele espesse, e, portanto, não sangre. Entre os
principais métodos estão os anticoncepcionais orais, o dispositivo
intra-uterino, vaginal ou subcutâneo, os adesivos cutâneos e os injetáveis.
A ginecologista e obstetra Karina
Zulli, do Hospital e Maternidade São Luiz, explica que qualquer mulher pode
interromper a menstruação, desde que não haja alguma contra-indicação para uso
hormonal contínuo, como doenças pessoais ou familiares, trombose e câncer de
mama ou endométrio. “Não existe idade mínima para começar, mas o ideal é apenas
que se espere completar o primeiro ano da primeira menstruação – devido à fase
de crescimento feminino até este momento. A partir daí, qualquer mulher
assistida por um profissional da saúde pode se beneficiar de qualquer um destes
métodos”, afirma.
A menstruação pode ficar
interrompida por tempo indeterminado, até que haja desejo reprodutivo. “É mito
acreditar que anos de exposição ao bloqueio menstrual possa agregar qualquer
risco à gestação. Ao longo dos anos, a contar da criação dos anticoncepcionais
na década de 60, a quantidade hormonal existente em qualquer um dos métodos
oferecidos tornou-se extremamente baixa e, comparativamente à época de
lançamento, praticamente inofensiva”, esclarece a ginecologista. “O que fica
claro é que as mulheres, através dos anos, postergaram o desejo da maternidade
de forma significativa, deixando para decidir após os 35 e perto dos 40 anos.
Isso sim é a grande mudança da dificuldade hoje de engravidar, e não o tempo do
uso de qualquer método para evitar menstruação”.
Entre os benefícios apresentados, estão a redução da incidência de tumor
de ovário, tratamento da TPM, e bons resultados em relação à cura ou amenização
das cólicas. Mas assim como qualquer método hormonal, os que interrompem a
menstruação podem apresentar algum efeito colateral. Por isso é de suma
importância que tudo seja feito com assistência médica. Entre as queixas mais
comuns de pacientes, estão a retenção de líquido e dores de cabeça, mas é
preciso avaliar cada caso antes de afirmar que a causa é apenas por culpa do
hormônio. De qualquer forma, é recomendável escolher os que possuem a menor
quantidade hormonal, ou apenas um hormônio único na fórmula. “Há uma ampla gama
de métodos com a mesma finalidade disponíveis hoje no mercado, e certamente
existe algum que pode trazer mais benefício que desconfortos colaterais. Raras
pacientes não conseguem se beneficiar de qualquer um dos métodos, ou qualquer
posologia, e acabam precisando realmente lidar com os ciclos menstruais”,
explica.
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