FONTE: Yara Achôa, iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
“Alimentação é a chave da barriga tanquinho. Aliás, uma dieta adequada é a base do bom funcionamento de todo o organismo”, diz Natália Colombo, nutricionista funcional da Clínica NCnutre, de São Paulo.
Diversos estudos mostram que deficiências
nutricionais e maus hábitos à mesa, como a ingestão excessiva de gorduras
saturadas, carboidratos simples e sódio, provocam alterações e refletem na
saúde e na estética.
“Um dos principais resultantes – e
geralmente o que mais causa incômodo – é o acúmulo de gordura na região
abdominal”, completa a especialista.
“Eu diria que a alimentação
representa 80% da equação, mas com certeza os 20% de exercícios são
essenciais”, concorda o personal trainer Carlos Klein, da equipe Movimente-se,
de São Paulo. Segundo ele, não adianta muito seguir um programa de treinamentos
intenso, se a alimentação não estiver controlada. “Com certeza a
dieta é mais importante”.
Veja abaixo os alimentos
que têm "zero caloria" e ajudam a manter o corpo:
-- Vagem: saborosa, nutritiva e também uma importante aliada no combate à barriga saliente.
-- Cranberry: ajuda a tratar infecções e também limpa o organismo. Aqui é mais fácil de achar sob a forma de suco.
-- Espinafre: rico em magnésio. Ajuda a desintoxicar o organismo.
-- Mexerica: amplia a sensação de saciedade e ajuda a acelerar o metabolismo.
-- Alface: é uma folha magra, presente em todas as dietas e contém lactuário, uma substância com efeito sedativo.
-- Abacaxi: ele queima gordura e ainda é anti-inflamatório.
-- Pepino: além de ajudar no emagrecimento, ele também é considerado uma arma poderosa para deixar a barriga chapada.
-- Laranja: como é uma fruta cítrica, ajuda a emagrecer e protege contra infarto e AVC.
-- Aipo: ingrediente cativo na dieta detox, ele não engorda, serve de petisco e também alivia o estresse.
-- Maçã: ela é de fácil digestão, amplia a saciedade e protege a memória.
-- Repolho: ingrediente da dieta dos países magros, ele ajuda na digestão, melhora a cicatrização e ainda emagrece.
-- Aspargo: além de diurético (aumenta a eliminação de líquidos pela urina), é rico em ácido fólico e fibras.
-- Cenoura: pobre em carboidrato, pode ser levada como lanche, ajuda no bronzeado e é magra.
-- Brócolis: versátil, vai com pratos quentes e frios. Pesquisas mostram que ele protege contra o câncer de pulmão e cólon.
-- Beterraba: além de ter um sabor adocicado, que ajuda a melhorar o humor, ela ajuda a limpar o organismo.
-- Couve-flor: além de não engordar, ela tem nutrientes que reforçam a imunidade do organismo.
-- Agrião: é um inibidor da fome fora de hora e também melhora sintomas de intoxicação, como a ressaca.
-- Pimenta: tempero que faz a diferença no sabor e na dieta. Acelera o metabolismo e ajuda a queimar calorias de outros alimentos.
-- Abobrinha: ela está em todos os cardápios das dietas porque é desintoxicante.
E o que deve entrar no cardápio de quem quer
secar? “Dê preferência a verduras, legumes e frutas, alimentos de fácil
digestão. Aumente o consumo de fibras para ajudar no funcionamento do
intestino e diminuir a sensação de abdome estufado. E tome muita
água . Além de hidratar o organismo, ela auxilia na eliminação de toxinas
e na retenção hídrica, diminuindo o inchaço abdominal”, ensina Natália.
As gorduras mono e poliinsaturadas, em doses
adequadas, também ajudam na diminuição da gordura abdominal, por promoverem
maior oxidação dos ácidos graxos (“gordurinhas”) e também por serem capazes de
reduzir o índice glicêmico dos alimentos.
“Entre as boas gorduras estão azeite de
oliva extra-virgem (2 colheres de sopa/dia), abacate (1/2 unidade/dia),
oleaginosas como castanha do pará (3 unidades/dia) e amêndoas (4 unidades/dia),
eóleo de coco (2 a 3 colheres de sopa/dia)”, completa a especialista.
A nutricionista Adriana Ávila, da Clínica
Vitay, de São Paulo, alerta para alguns itens que podem atrapalhar o cultivo de
seu tanquinho.
"É importante consumir verduras e
legumes, mas fique atento a alimentos como couve-flor, couve-manteiga,
couve-de-bruxelas, repolho e brócolis, que podem provocar gases, aumentando o
volume abdominal. A mesma coisa acontece com as leguminosas em geral (feijão,
ervilha, lentilha, grão-de-bico e soja). É preciso deixar de molhos esses
alimentos na noite anterior ao preparo. No dia seguinte, despreze essa água,
lave bem os grãos em água corrente e coloque uma água nova para cozinhar”, sugere.
As frutas devem ser consumidas frescas ou
secas e sem o acréscimo de açúcar, leite condensado ou creme de leite. Já as
carnes devem ser magras (de boi, sem gordura aparente, peixe ou frango sem
pele). “E prefira os carboidratos integrais”, completa Adriana.
Outras atitudes à mesa contribuem para o
projeto tanquinho. “As refeições devem ser fracionadas. Coma menores
quantidades e mais vezes durante o dia. E mastigue bem os alimentos. Quanto
mais ‘quebrados’ eles estiverem, mais fácil será a digestão”, explica
Natália. Mastigar mais vezes ajuda a emagrecer .
Na lista do que você deve
reduzir estão:
* Carboidratos simples, como arroz branco,
pão, massas em geral, doces, farinhas brancas. “Esses alimentos têm alto índice
glicêmico, o que faz com haja produção aumentada de insulina, hormônio que
estimula o organismo a estocar gordura”, diz a nutricionista da Clínica
NCnutre.
* Sódio, presente em grande quantidade em
alimentos industrializados. O excesso provoca retenção hídrica, o que colabora
para inflar o abdome. Aprenda a comer com menos sal .
* Alimentos gordurosos, como frituras e
queijos amarelos.
* Açúcar , doces, bebidas com gás
(água com gás, refrigerante, cerveja) e bebidas alcoólicas.
Em relação aos exercícios, o personal Carlos
Klein diz que “enxugar o excesso de peso” e “desenhar o tanquinho” caminham
juntos.
“Definir o corpo é resultado da diminuição
da gordura corporal, que acontece com um controle da alimentação com esse
objetivo, e um programa de treinamentos intenso, focado no gasto calórico e fortalecimento
muscular”.
Para ele qualquer tipo de exercício é bom
para afinar. “Mas com certeza aqueles que têm alto gasto calórico e são
praticados com intervalos de alta intensidade produzem efeitos mais
rapidamente. Futebol, vôlei, basquete, levantamento de peso olímpico,
kettlebell training (condicionamento físico extremo) e rope training
(exercícios com cordas navais) estão entre os mais indicados para a perda de
gordura na região abdominal”.
Para surtir efeito, o mínimo de atividade
física recomendada é três vezes por semana. E os treinos devem ser de alta
intensidade, porém sempre orientados e respeitando o limite de cada pessoa.
Em relação aos abdominais, Klein esclarece:
“Eles não funcionam. Os tradicionais exercícios abdominais têm um efeito localizado
interessante, mas a intensidade é geralmente baixa e o gasto calórico
insignificante. Para definir o abdome é necessário gastar calorias. Para isso
não há estímulo melhor do que atividades que trabalhem o corpo todo”, finaliza.
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