quarta-feira, 23 de outubro de 2013

MITOS SOBRE OS TRATAMENTOS DE FERTILIDADE...

FONTE: (bebe.bolsademulher.com).

    Os tratamentos de infertilidade são cada vez mais feitos. Ainda assim, existem alguns mitos e preconceitos, o que acaba causando preocupação desnecessária em pacientes. A médica especialista em reprodução assistida Cláudia Gomes, do Grupo Huntington, esclarece os principais equívocos que geram insegurança e aflição durante os tratamentos de reprodução assistida.
Chances de gravidez.
A gravidez não está 100% garantida com a Fertilização in vitro (FIV). As taxas de sucesso na fertilização in vitro não passam de 60% dos casos a cada tentativa, considerando as melhores chances possíveis. Porém, constantemente a ciência busca melhorar essas taxas.
Tratamento para engravidar engorda?
A paciente não vai ficar gorda. O uso de hormônios para a estimulação ovariana, em especial a progesterona, podem causar um inchaço devido à retenção de líquido, o que pode elevar o peso da paciente a no máximo dois ou três kg durante o tratamento. Ao término do tratamento ou quando se interrompe o uso da medicação, as pacientes tendem a eliminar estes quilinhos a mais através da urina.
Fertilização elimina chances de doenças?
Não se pode afirmar que o filho vai nascer com deficiência se for por fertilização in vitro. Este risco existe quando se fala em síndromes, como Down, mas é equivalente às pacientes férteis e aumentam conforme a idade. Não tem a ver com a técnica em si, mas com a estrutura da célula embrionária. Essa possibilidade, no entanto, pode ser evitada após a fertilização in vitro, quando os embriões são submetidos ao chamado diagnóstico pré-implantacional, através de uma biópsia para a certificação da presença de todos os cromossomos no embrião. Depois de assegurada a normalidade cromossômica, o embrião será transferido ao útero.
Biópsia embrionária.
A biópsia embrionária não faz com que a criança nasça sem alguma parte do corpo. Essa biópsia é realizada no trofoectoderma, parte do blastocisto (nome dado ao embrião no 5º dia de cultivo em laboratório) que dará origem à placenta. Portanto, esta análise traduz a carga cromossômica do futuro embrião, mas sem danificá-lo, já que a massa celular interna do blastocisto, que dará origem ao embrião, não será afetada.
Cuidados após fertilização.
Não há problema em urinar, evacuar, andar e descer escadas. Isso não faz a mulher “perder” o tratamento. Somente algum trauma com sangramento e que poderia eliminar os embriões.
Sexo x tratamento para engravidar.
Manter relações durante o tratamento não ajuda a engravidar. Se o casal é infértil, ou seja, mantém relações sexuais frequentes e desprotegidas e não conseguem obter a gestação após um ano de tentativas, é provável que essa estratégia não funcione. Também durante o processo de estimulação ovariana, são utilizadas certas medicações que impedem a ovulação até que os óvulos sejam recolhidos dos folículos para a fertilização. Uma vez sem óvulo, não tem como ocorrer gravidez.
Chances de ter gêmeos.

Fazer um tratamento de fertilização não significa que a mulher terá mais de um bebê. Apenas 20% das mulheres que fazem o tratamento têm gêmeos, não todas.

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