FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
O Ministério da Saúde, por meio
do Programa Nacional
de Imunização (PNI), está oferecendo, em toda a rede pública de saúde, a vacina
varicela (catapora) incluída na tetra viral, que também protegerá contra
sarampo, caxumba e rubéola. A vacina compõe o Calendário Nacional de
Vacinação e é ofertada exclusivamente para crianças de 15 meses de idade
que já tenham recebido a primeira dose da vacina tríplice viral. Com a inclusão
da vacina, o Ministério da Saúde estima uma redução de 80% das hospitalizações
por varicela (catapora).
“Com apenas uma injeção o Brasil
vai poder proteger suas
crianças contra quatro tipos de doenças. Hoje, temos dados que mostram que
quase nove mil pessoas são internadas por ano pela varicela e temos mais de 100
óbitos. Além disso, facilita o trabalho dos profissionais e traz economia, pois
usa-se apenas uma agulha, uma seringa, um único local de conservação”, declarou
o ministro Alexandre Padilha.
Com a tetra viral,
o SUS passa a ofertar 25 vacinas, 13 delas já disponibilizadas no
Calendário Nacional Vacinação. Foram investidos R$ 127,3 milhões para a compra de 4,5
milhões de doses por ano. A população deve se informar no posto de saúde mais
próximo para saber se a vacina tetra viral já está disponível. Isso
porque alguns municípios ainda estão adequando a rotina à nova vacina, por
causa da necessidade de capacitação dos profissionais para administração da
dose ou pela dificuldade de distribuição para as salas de vacina em locais de
difícil acesso. A previsão é que todas as 34 mil salas de vacinação distribuídas
no Brasil estarão ofertando as doses até o final do mês.
A vacina tetra
viral é segura – tem
97% de eficácia e raramente causa reações alérgicas. Não haverá campanha de
vacinação, pois a vacina tetra viral será disponibilizada na rotina
dos serviços públicos em substituição à segunda dose da vacina tríplice viral.
A vacina evita complicações, casos graves com internação e possível óbito, além
da prevenção, controle e eliminação das doenças sarampo, caxumba e rubéola.
A produção nacional da vacina tetra
viral é resultado da parceria para transferência de tecnologia entre o
laboratório público Bio-Manguinhos e o laboratório privado britânico
GlaxoSmithKline (GSK). Nos acordos de transferência de tecnologia, firmados
pelo Ministério da Saúde, a produção se dá por meio de Parcerias para o
Desenvolvimento Produtivo (PDP), feito com os laboratórios públicos. Nessa
parceria, os laboratórios da rede privada, são responsáveis por produzir o
princípio ativo e transferir a tecnologia. Como contrapartida, o governo
garante exclusividade na compra do medicamento por cinco anos.
Esta é a sétima parceria entre o laboratório
privado GSK e o laboratório público Bio-Manguinhos. Desde 1980, os laboratórios
produzem juntos as vacinas poliomielite, Haemophilus influenzae tipo
b (Hib) – que causa meningites e outras infecções bacterianas –, tríplice
viral, rotavírus, dengue e pneumocócica conjugada, que protege contra a
pneumonia e meningite causada por pneumococo.
Ao total, estão em vigor 35 PDPs para a
produção de 33 produtos, sendo 28 medicamentos e quatro vacinas. As parcerias
envolvem 37 laboratórios, 12 públicos e 22 privados, nacionais e estrangeiros.
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