FONTE: Nicholas
Bakalar, The New York Times
(noticias.uol.com.br).
Um novo estudo
descobriu que os analgésicos populares, conhecidos como antiinflamatórios não esteroides,
talvez aumentem o risco de contrair fibrilação atrial - o tipo mais comum de
arritmia cardíaca.
Pesquisadores
holandeses acompanharam durante o período médio de 13 anos 8.423 pessoas com
idade média de 69 anos, cujo ritmo cardíaco estava normal no início do estudo.
Durante esse período, 857 participantes desenvolveram fibrilação atrial.
Em comparação com as
pessoas que nunca tinham tomado antiinflamatórios não esteroides (como
ibuprofeno e aspirina) o uso atual ou recente desses medicamentos estava
associado a um aumento de 80% no risco de fibrilação atrial. O estudo foi
publicado online no periódico BMJ Open.
Os cientistas
controlaram variáveis como pressão arterial, nível de colesterol, tabagismo e
outros fatores de risco cardiovascular, mas a associação persistiu.
Entretanto, eles não
conseguiram comprovar a existência de uma relação causal e as razões da
associação continuaram incertas. Uma das teorias afirma que os
medicamentos geram aumento da pressão arterial e retenção de líquidos, o que pode
afetar a função cardíaca.
Bruno H. Stricker,
autor sênior do estudo e professor de farmacoepidemiologia no Centro Médico da
Universidade Erasmos, em Roterdam, afirma que os medicamentos também foram
associados ao risco de aterosclerose coronariana e ataque cardíaco.
"Eu aconselho
com veemência que pessoas idosas sejam cautelosas em relação ao uso desses
medicamentos", afirmou. "Eles não têm outra ação a não ser o alívio
da dor. A dor incomoda, mas a morte é uma preocupação."
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