FONTE: , (ultimainstancia.uol.com.br).
Aprovada há dois anos, a Lei 12.764/12 instituiu a Política Nacional de
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
Aprovada
há dois anos, a Lei 12.764/12, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos
da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, ainda não foi regulamentada. Na
semana passada, o movimento de defesa dos direitos dos autistas se reuniu com a
Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados para pedir a
mediação para a regulamentação da nova legislação.
Representantes do Movimento Orgulho
Autista Brasil estão preocupados principalmente com a menção aos CAPs (Centros
de Atendimento Psicoterápico) durante a elaboração do decreto que deve
regulamentar a lei.
“Os autistas precisam de atendimento
de saúde, mas não podem ficar relegados ao atendimento dos CAPs, onde inclusive
já ouvimos histórias de abusos. Precisamos de capacitação para o atendimento
geral, e não de uma área psiquiátrica”, explicou o Fernando Cotta, presidente
do movimento.
Segundo Cotta, a maior parte da lei
deveria ser aplicada sem regulamentação, mas gestores de escolas e hospitais
argumentam muitas vezes que a lei não foi regulamentada para não atender
demandas de autistas e seus pais.
Governo.
Durante a audiência pública, o
secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio
José Ferreira, disse que o decreto está quase pronto para ser publicado ainda
este mês, e que outros representantes do movimento autista foram ouvidos. Para
ele, essa não deve ser a interpretação da lei.
“Estamos de portas abertas para todos
os movimentos, as reuniões sobre a regulamentação foram públicas, mas no futuro
incluiremos todos nas convocações”, disse.
A deputada Janete Capiberibe
(PSB-AP), que coordenou o debate juntamente com Luiz Couto (PT-PB) e Érika
Kokay (PT-DF), disse que a comissão vai participar do debate, e deve se
comunicar com a Casa Civil da Presidência da República antes do texto ser
publicado. “Infelizmente ainda há pessoas sem atendimento por uma demora que
podemos resolver”, disse.
Uma reunião já está agendada com a
Casa Civil para deputados e senadores terem acesso ao texto.
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