FONTE: iG Minas Gerais, TRIBUNA DA BAHIA.
As varizes e os chamados “vasinhos” costumam
ser um terror para quem sofre desse mal. Só quem enfrentou – ou enfrenta – tal
problema de saúde, como foi o caso da gestora de contratos Riza Helena de Lima,
32, sabe a dimensão desse desconforto.
“Há cerca de um ano, comecei a sentir uma
forte queimação nas pernas. Qualquer caminhada que fazia, sentia dor. Como sou
morena, não conseguia ver as varizes, o que dificultou a identificação do
problema. Fui ao médico no fim do ano passado, ele diagnosticou que eu tinha
muitas varizes e disse que eu precisaria fazer a cirurgia”, diz.
Os avanços da medicina tornaram possível uma
diminuição do tempo de execução da cirurgia e uma recuperação mais rápida. “A
alta é no mesmo dia, mas requer alguns dias de repouso e afastamento do
trabalho”, afirma o cirurgião vascular do Hospital João XXIII, Haroldo Oliveira
Diniz. No caso de Riza, ela conta ter ficado 15 dias de repouso. “Não podia
pegar peso nem fazer nenhum esforço físico. Mas, depois de 15 dias, já podia
fazer caminhadas leves. Hoje ainda tenho algumas manchinhas nas pernas, que
ainda vão sumir, mas já não sinto mais nada”, revela.
Alternativa.
Ainda muito comum, a cirurgia já
não é mais a regra quando o assunto é eliminar as veias alteradas. “Existem
alguns métodos que podem substituir a cirurgia, ou associar-se a ela: cirurgia
a laser, escleroterapia convencional ou com espuma, ou crioescleroterapia – com
glicose intensamente resfriada –, e há ainda a radiofrequência. A vantagem
desses procedimentos é a ausência ou minimização de anestesia, o que propicia a
recuperação mais rápida e diminui riscos e custos”, explica o angiologista e
cirurgião vascular Sílvio Prudêncio, da clínica Life, de Campinas (SP).
O segredo para não ter que recorrer a um
tratamento mais invasivo, como a cirurgia, é buscar a solução logo no início.
Prevenção. As varizes têm, na maioria das
vezes, origens genéticas. Assim, dar atenção e combater ou controlar os fatores
de risco são a melhor forma de prevenir o aparecimento indesejado dos vasinhos
e das varizes. Obesidade, uso de anticoncepcional oral e outras formas de
medicamentos hormonais, sedentarismo, imobilidade por longos períodos e
gravidez estão entre os principais fatores de risco.
Para minimizar ou evitar o problema, o
cirurgião vascular recomenda o uso de meias elásticas. Porém, “devem ser
indicadas por um angiologista, para que não haja erros na hora de comprá-las ou
ajustá-las”, alerta Sílvio Prudêncio.
Particular.
Custos. Os procedimentos alternativos para varizes ainda não
são adotados pelo SUS, mas podem ser feitos na rede particular por valores a
partir de R$ 150 (uma sessão de escleroterapia).
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