FONTE: , Jean-Louis Santini, em Washington (noticias.uol.com.br).
A aspirina reduz em
50% o risco de câncer colorretal, mas apenas nas pessoas portadoras de genes
que produzem um nível elevado da enzima 15-PGDH, de acordo com estudo divulgado
na quarta-feira (23) pela revista americana "Science Translational
Medicine".
Várias pesquisas já
demonstraram que esse analgésico está vinculado a uma redução do risco de
câncer em geral e de doenças cardiovasculares, mas esse novo estudo de longo
prazo permite identificar melhor as pessoas que podem se beneficiar da aspirina
para prevenir o câncer de cólon.
Os especialistas analisaram
tecidos de 270 indivíduos com câncer de cólon, que faziam parte de um grupo de
127.865 participantes do estudo. Eles foram acompanhados por três décadas.
Constatou-se que as
pessoas com um perfil genético que não lhes permite produzir níveis elevados da
enzima 15-PGDH quase não se beneficiam das propriedades preventivas da aspirina
contra o câncer colorretal.
"Os indivíduos
(que participaram do estudo) que tinham taxas elevadas de 15-PGDH e tomavam
aspirina reduzieram à metade o risco de contrair câncer de cólon", explica
o médico Sanford Markowitz, professor de Genética do Câncer na Faculdade de
Medicina da University Case Western Reserve em Cleveland (Ohio), principal
autor da pesquisa.
"Os que tinham
baixos níveis de 15-PGDH não obtiveram qualquer benefício com a aspirina",
acrescentou.
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