FONTE: Paula Laboissière - Repórter da
Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) determinou nesta quarta (20.08) a suspensão de lotes de seis
medicamentos. As resoluções foram publicadas no Diário Oficial da União.
Segundo o governo, todos os lotes
dos produtos suspensos serão recolhidos pelos fabricantes. Quatro medicamentos
que tiveram lotes suspensos são fabricados pelo Laboratório Teuto Brasileiro.
“Após essas suspensões, a agência
irá investigar as queixas técnicas e avaliar eventuais penalidades a serem
aplicadas. Tais punições variam desde a advertência até o cancelamento da
autorização de funcionamento da empresa ou do registro do produto. Estão
previstas ainda a aplicação de multas que podem oscilar entre R$ 2 mil e R$ 1,5
milhão”, informou a Anvisa.
O lote 1998101 (validade 11/2015) do
medicamento paracetamol 500 miligramas (mg) comprimido, produzido pelo
Laboratório Teuto Brasileiro, foi suspenso após denúncia feita ao Procon.
Um consumidor identificou que, em uma das
cartelas do medicamento, havia um parafuso no lugar do comprimido. Segundo a
Anvisa, o fabricante já iniciou o recolhimento voluntário do lote, que foi
distribuído em Goiás, Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e na Bahia.
O lote 1048105 (validade 6/2015) do
medicamento cetoconazol 200mg comprimido, também produzido pelo Laboratório
Teuto Brasileiro, foi suspenso após queixa de um consumidor ao SAC da empresa.
Na denúncia, o usuário informou que, ao abrir
a embalagem, constatou a presença de outro produto – o medicamento
Atenolol 100mg.
Segundo a Anvisa, o fabricante
também iniciou o recolhimento voluntário do lote, que foi distribuído em Goiás,
no Amazonas, em Alagoas, na Bahia, em Minas Gerais, no Pará, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
O lote 8910019 (validade 2/2016) do
medicamento nistatina 25.000 unidades internacionais por grama (UI/g) 60g,
também produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, foi suspenso depois que um
usuário relatou que, na cartonagem do medicamento, havia outro produto –
neomicina+bacitracina.
Segundo a Anvisa, o fabricante informou que o
lote em questão foi distribuído no Distrito Federal, Espirito Santo, em Goiás,
Minas Gerais e São Paulo.
O lote 6909006 (validade 10/2015) do
medicamento atorvastatina cálcica comprimido, também produzido pelo Laboratório
Teuto Brasileiro, foi suspenso após denúncia que revelou que, dentro da
embalagem do produto de concentração 20 mg, havia o produto de concentração 10
mg. Segundo a Anvisa, e empresa informou que o lote foi enviado ao Distrito
Federal, Pará e Paraná.
A Agência Brasil entrou em contato
com o Laboratório Teuto Brasileiro e aguarda um posicionamento do fabricante em
relação às suspensões.
Na semana passada, outro medicamento
fabricado pela empresa teve um lote suspenso para venda. Mais orientações ao
consumidor podem ser obtidas junto ao SAC do laboratório, no telefone 0800 62
1800.
Já o medicamento Tabine (citarabina), da
empresa Meizler UCB Biopharma, teve 13 lotes suspensos pela Anvisa.
Uma análise laboratorial detectou resultados
fora de especificação para teor de princípio ativo durante os estudos de
estabilidade, o que pode indicar uma redução do prazo de validade indicado na
embalagem do medicamento.
A empresa informou que já iniciou o
recolhimento voluntário do lote e que todas as distribuidoras do medicamento já
foram informadas sobre a suspensão. Informações ao consumidor podem ser obtidas
por meio do SAC do laboratório, no telefone 0800 166 613.
Por fim, o lote 86119 do medicamento Tamsulom
(cloridrato de tansulosina), da empresa Zodiac Produtos Farmacêuticos S.A, foi
suspenso após comunicado de recolhimento voluntário do laboratório.
A empresa identificou que na embalagem interna
do lote consta a data de validade 6/2015, mas o lote é válido somente até
06/2014. Mais informações podem ser obtidas por meio do SAC do laboratório, no
telefone 0800 166 575.
Além dos medicamentos, a Anvisa também
suspendeu o lote 5954 (validade 9/2018) do produto compressa de gaze cirúrgica
Neve estéril, fabricado pela empresa Neve Indústria e Comércio de Produtos
Cirúrgicos Ltda.
Laudo de análise emitido pelo Instituto Adolfo
Lutz constatou a presença de corpo estranho de coloração escura no interior da
embalagem ainda intacta. A Agência Brasil entrou em contato com a empresa
e aguarda um posicionamento em relação à suspensão.
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