FONTE: Juliana Passos, Do UOL, em São Paulo
(noticias.uol.com.br).
O câncer de próstata
representa 70% dos diagnósticos de câncer em homens brasileiros, segundo dados
do Instituto Nacional do Câncer (INCA), referentes a 2014. Segundo o INCA, há o
registro de 70 mil novos casos por ano no país para uma doença que tem taxa de
90% de cura se o diagnóstico for inicial. O problema é que o homem brasileiro
tende a descobrir tarde devido à falta de informação e a resistência ao exame
de toque retal. Esse exame é insubstituível e o único capaz de identificar a
doença com precisão. Segundo o Centro de Referência da Saúde do Homem, 60%
dos pacientes do sexo masculino só procuram tratamento quando a doença está em
estágio avançado. O dado é de 2013. De acordo com o órgão da Secretaria de
Estado da Saúde, todos os meses 1,5 mil homens chegam ao hospital com problemas
mais adiantados e que necessitam de intervenção cirúrgica.
O UOL
ouviu especialistas para explicar os principais mitos em relação à doença e
algumas curiosidades.
O tão temido e falado
exame de toque retal na próstata dura apenas alguns segundos. "No máximo
15 segundos", diz o urologista Francisco Fonseca. A simplicidade do exame
contrasta com a baixa procura pela especialidade médica de acordo com dados da
Sociedade Brasileira de Urologia. Cerca de 44% dos homens brasileiros já foram
ao urologista e apenas 32% fizeram o exame de próstata.
O exame de toque não
é o único que deve ser realizado. A medição da taxa de PSA, uma enzima
produzida pela próstata que permite a liquidez do sêmen, também é um indicativo
para o surgimento da doença. Um exame não substitui o outro e, em alguns casos,
mesmo com a taxa normal de PSA, o paciente é diagnosticado com câncer.
O urologista Fernando
Maluf lembra que o aumento da próstata é algo que ocorre naturalmente ao longo
da vida do homem, mas seu rápido crescimento associado a dificuldades urinárias
deve ser observado.
A realização dos
exames de rotina deve começar aos 40 anos para aqueles que têm registros de
casos em parentes de primeiro grau. Apesar de incidência baixa (2 a 3%), o
câncer hereditário pode aparecer mais cedo. Para aqueles sem registros, os
exames podem ser feitos a partir dos 50 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário