FONTE: Do UOL, em São Paulo (SP) (noticias.uol.com.br).
A busca por marcas
genéticas que expliquem a depressão é realidade em diversos laboratórios pelo
mundo, mas até o momento nada havia sido provado. Porém, um estudo realizado na
Universidade de Oxford, e divulgado na publicação científica Nature, pode mudar
a forma como os médicos encaram a doença.
O geneticista
Jonathan Flint analisou dados de 5.303 pessoas com depressão, e mais 5.337 como
grupo controle, e conseguiu descobrir as primeiras duas marcas genéticas
ligadas à depressão severa. A descoberta deve auxiliar no desenvolvimento de
novos medicamentos e pode ajudar no diagnóstico futuro da doença.
A análise indicou
duas sequências genéticas que estariam ligadas à depressão: um pedaço de DNA
que codifica uma enzima que ainda não está completamente compreendida e outra
sequência próximo ao gene SIRT1, que é importante para estruturas celulares que
produzem energia (mitocôndrias). A conexão com as mitocôndrias já havia
sido observada em outras pesquisas, inclusive algumas do laboratório de Flint,
que ligavam as anormalidades das mitocôdrias à depressão.
Mais de 350 milhões
de pessoas têm depressão e os sintomas variam drasticamente entre os pacientes.
Por isso, qualquer pesquisa genética precisaria de uma grande variedade de
pessoas para se provar correta. Por isso, a pesquisa foi realizada na China,
por causa da enorme população e também pelo baixo número de diagnósticos de
depressão. Segundo os pesquisadores, os chineses que sabem que têm depressão,
em geral, já estão em um nível severo da doença. Para diminuir a variação das
amostras, eles resolveram fazer o teste em mulheres chinesas diagnosticadas com
depressão da etnia Han.
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