sábado, 4 de julho de 2015

GRAMADO SINTÉTICO SERÁ DESAFIO PARA FUTEBOL BRASILEIRO NO PAN-AMERICANO...

FONTE: iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.

Atletas do país não estão habituados a disputar partidas neste tipo de superfície, muito criticada durante o Mundial feminino.

                                       
A busca por medalhas de ouro no futebol promete ser um pouco mais difícil para os brasileiros no Pan-Americano de Toronto 2015. 
Todas as partidas da modalidade, tanto no masculino quanto no feminino, serão realizadas na cidade de Hamilton, no Tim Hortons Field, estádio com gramado sintético, um tipo de superfície que não é encontrada com facilidade no estádios brasileiros e preocupa a comissão técnica do time masculino.
Por isso, desde o início desta semana - os jogadores se apresentaram no último dia 29 -, os convocados pelo técnico Rogério Micale fazem a preparação para o Pan em um campo específico de grama artifical específico da Granja Comary.
O futebol será disputado em Toronto por jogadores com menos de 22 anos. O Brasil chegou a flertar com uma desistência do evento, justamente por considerar o campo de jogo impróprio. 
Em dezembro de 2014, temendo pela integridade física dos atletas, a CBF decidiu que o futebol masculino não disputaria o Pan, mas voltou atrás na decisão.
Também no ano passado, jogadoras de Brasil, Estados Unidos, Alemanha e Espanha assinaram um abaixo-assinado pedindo que a Fifa e a Federação Canadense de Futebol instalassem gramados naturais em todas as sedes da Copa do Mundo Feminina de 2015, disputada no país norte-americano. Porém, não tiveram as exigências atendidas.
"É um pesadelo [jogar em gramados artificiais]", afirmou Abby Wambach, jogadora dos Estados Unidos, lembrando que o tipo de grama machuca as atletas a cada queda ou mesmo ao dar um carrinho na tentativa de recuperar a bola.
 "A Fifa nunca teria forçado os homens a disputar uma Copa do Mundo em gramados de plástico", completou Wambach, eleita a melhor jogadora do mundo em 2012, pedindo direitos iguais aos homens.
A atacante Sydney Leroux, também dos Estados Unidos, publicou em uma rede social uma foto que mostra suas pernas machucadas após uma partida e criticou o uso do material no futebol profissional. 
O uso do gramado sintético é mais difundido em países com inverno rigoroso devido à dificuldade na manutenção da grama natural em temperaturas mais baixas.
A Fifa, entidade que comanda o futebol mundial, libera o uso em competições e, inclusive, cobra um certificado de qualidade para empresas que produzem este tipo de gramado.
O time masculino do Brasil estreia no Pan de Toronto no dia 12, contra o Canadá. Quatro dias depois, enfrenta o Peru, fechando a fase de grupos diante do Panamá, no dia 20.
No feminino, o primeiro adversário será a Costa Rica, no dia 11. Os outros adversários de sua chave são Equador e Canadá, rivais, respectivamente, nos dias 15 e 19. 
Apesar disso, o time treinado por Oswaldo Alvarez, o Vadão, preferiu fazer a preparação para o Pan na cidade de Itu-SP, no Itu Spa Sports, local que não conta com campo sintético. 
A seleção feminina ainda vai ter de lidar com outro empecilho: o desfalque de Marta, que não foi liberada por seu clube, o sueco FC Rosengård, depois da disputa do Mundial da categoria. O Brasil foi eliminado nas oitavas de final do torneio, diante da Austrália. 
No Pan de Toronto 2015, o Brasil vai em busca de sua quinta medalha de ouro no masculino - venceu nos Pan-Americanos de 1963, 1975, 1979 e 1987. Já o feminino tenta chegar ao lugar mais alto do pódio pela terceira vez na história - levou o ouro nas edições de 2003 e 2007.

Ambas equipes embarcam para o Canadá nesta segunda-feira (dia 6). 

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