FONTE: Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
A Cannabis sativa,
planta de onde se produz a maconha, era utilizada para fins medicinais por
pessoas de todo o mundo durante séculos. Mas o uso terapêutico da planta foi
proibido na maioria dos países nas décadas de 1930 e 1940, devido a uma
crescente conscientização dos perigos do vício. Os benefícios médicos
significativos para aliviar os sintomas de doenças como Parkinson, câncer e
esclerose múltipla, só recentemente voltaram a serem alvos de pesquisa.
Um novo estudo
publicado pelo Journal of Bone and Mineral Research, da Universidade de Tel
Aviv e de pesquisadores da Universidade Hebraica, explora outra nova aplicação
médica promissora para a planta. De acordo com a pesquisa, a administração do
componente não-psicotrópico, que não atua no cérebro, canabidiol (CBD) ajuda
significativamente a curar fraturas ósseas. O estudo, realizado em ratos com
fraturas no fêmur, descobriu que o CBD melhorou significativamente o processo
de cura do osso em apenas oito semanas.
"Descobrimos que
o CBD por si só torna os ossos mais fortes durante a cicatrização, aumentando a
maturação da matriz do colágeno, que fornece a base para a nova mineralização
do tecido ósseo", disse Yankel Gabet, do Laboratório de Pesquisa Óssea no
Departamento de Anatomia e Antropologia da Sackler Faculty of Medicine, de Tel
Aviv (Israel), que liderou o estudo. "Depois de ser tratado com a CBD,
quebrar o osso curado será mais difícil no futuro".
A mesma equipe, em
pesquisa anterior, descobriu que os receptores de canabinoides dentro de nossos
corpos estimularam a formação e inibiram a perda óssea. Isso abre o caminho
para o futuro uso de drogas feitas com Cannabis para combater a osteoporose e
outras doenças relacionadas aos ossos.
De acordo com Gabet,
"nós só respondemos a Cannabis, porque nós possuímos compostos e
receptores que podem ser ativados por substâncias da planta". Os
pesquisadores descobriram que o próprio esqueleto é regulado por canabinoides.
Mesmo a adição de um composto não-psicogênico atuando fora do cérebro pode
afetar o esqueleto. (Com o Science Daily)
Nenhum comentário:
Postar um comentário