FONTE: Agência Brasil (noticias.uol.com.br).
Relatório divulgado na segunda-feira (13) pelo
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em comemoração aos 25 anos do
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mostra que entre 1995 e 2013, no
Brasil, o número de crianças com menos de 5 anos que contraíram aids das mães
caiu pela metade. Em 2013, foram detectados 374 casos de transmissão vertical
da doença – últimos dados disponíveis, e o relatório não menciona quantos foram
os casos de 1995.
Em contrapartida, o levantamento do Unicef revela
que, seguindo tendência mundial, entre 2004 e 2013 a incidência de aids em
meninos entre 15 e 19 anos aumentou 53%, o que constitui um desafio para o
país. Nessa faixa etária, a incidência do vírus em meninos é 30% maior do que
em meninas. Além disso, meninos que fazem sexo com outros meninos têm 10 vezes
mais chances de contrair o vírus da imunodeficiência humana (HIV) do que
aqueles que não recorrem à prática homossexual.
Para o Unicef, o Brasil ainda precisa melhorar o
acesso à prevenção, à testagem e aos serviços de atendimento e tratamento
direcionados ao público adolescente. O Ministério da Saúde tem usado em
campanhas de conscientização a estratégia de falar diretamente com os jovens.
Segundo o relatório, a Rede Cegonha, implantada
em 2011 pelo governo, tem melhorado a assistência às gestantes e aos
recém-nascidos, o que pode ser visto na queda da transmissão de HIV entre mãe e
filho, mas o aumento dos números relacionados à sífilis congênita mostra que os
cuidados ainda precisam ser fortalecidos. Entre 1998 e 2013, a taxa de
incidência de sífilis congênita em menores de um ano subiu de 1,1 para 4,7 a
cada mil nascidos vivos, o que mostra deficiência no atendimento pré-natal. A
doença pode provocar aborto, morte neonatal, parto prematuro e má formação do
bebê.
Nenhum comentário:
Postar um comentário