FONTE: Bia Souza, Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Seu coração está
acelerado? Sentiu uma palpitação? É paixão, ansiedade, correria ou doença?
Descobrir se seus batimentos então fora do normal é bem simples e um autoexame
diário pode te dizer se é caso de procurar um médico.
O normal é que as
batidas do coração fiquem entre 60 e 100 por minuto. Quando o coração bate fora
deste ritmo, é uma arritmia cardíaca que deve ser avaliada por um especialista.
A taquicardia, quando
o coração bate mais de 100 vezes por minuto, e a bradicardia, abaixo de
60, são os sintomas mais perceptíveis da arritmia, mas não são os
únicos. Tonturas, cansaço e mal-estar também podem ser sinais de
alterações.
Morte súbita.
Embora a maioria das
arritmias não provoque danos, algumas são bem sérias, já que o coração
não bombeia sangue suficiente para o corpo, danificando os órgãos. A mais séria
leva à morte súbita.
"Nem sempre o
paciente sabe que tem alguma coisa. O problema da morte súbita é que muitas
vezes ela é o primeiro sintoma do problema cardíaco", explica a
cardiologista Giselle Peixoto, coordenadora do Centro de Pesquisas de Arritmias
do Incor (Instituto do Coração da Universidade de São Paulo).
AVC.
A fibrilação atrial,
um tipo de arritmia em que os batimentos são rápidos e irregulares, aumenta o
risco de um acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como
derrame. Esta alteração, muitas vezes silenciosa, é mais comum em idosos.
"Essa fibrilação
gera coágulos no coração, que podem migrar em direção ao cérebro, causando um
AVC. E isso pode provocar danos como a perda da fala, paralisias e outras
sequelas", explica o cardiologista Luiz Pereira de Magalhães, presidente
da Sobrac (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas). "Com o autoexame
as irregularidades podem ser percebidas dando a chance do paciente procurar o
médico mais cedo."
Tratamento.
Os principais exames
para identificar problemas cardíacos são teste ergométrico, eletrocardiograma e
Holter, aparelho que registra o batimento cardíaco enquanto o paciente pratica
atividades cotidianas.
O tratamento pode
variar. No caso da bradicardia, pode ser indicado o uso de um marcapasso, um
equipamento implantado embaixo da pele que emite impulsos elétricos para
corrigir falhas da no ritmo cardíaco.
No caso da
taquicardia, o médico pode indicar a implantação de um desfibrilador
automático, que detecta mudanças e, caso necessário, emite um choque para
corrigir os batimentos do coração.
Além destes métodos, os
tratamentos podem incluir medicamentos e cirurgias.
Apesar de não haver
medidas que evitem arritmias, os médicos fazem algumas recomendações. "A
morte por arritmia pode ser prevenida controlando hipertensão, diabetes,
preferindo uma alimentação saudável, evitando fumar, e com a prática de
exercícios. E uma vez descoberta a doença é importante buscar tratamento",
ressalta Magalhães.
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