sexta-feira, 11 de março de 2016

CHICLETE COM XILITOL AJUDA A PREVENIR CÁRIES...

FONTE:, (www.msn.com).



Aquela história de que o açúcar é sempre o vilão da saúde bucal ganhou um porém. Encontrado em produtos comestíveis como gomas de mascar, balas, confeitos, compotas e geleias, e também em cremes dentais e enxaguantes bucais, o xilitol é o açúcar que promete ser o novo aliado da odontologia. Popularizado na Europa e de utilização recente no Brasil, ele se destaca por seu efeito refrescante e pela ação anticariogênica. 

Conforme a especialista em odontopediatria e odontologia Daphene Ozelame (CROPR: 22898), a cárie se desenvolve quando os açúcares ingeridos diminuem o pH da boca, tornando o ambiente ácido e, por consequência, desmineralizando o esmalte dentário e dando espaço para as cáries se desenvolverem. Com o xilitol, o pH da boca não fica ácido e o processo de erosão do esmalte não ocorre. 

A fonoaudiologista e doutora em ciências odontológicas pela USP Agnes de Fátima Pereira Cruvinel explica que o xilitol tem propriedades clínicas diferentes dos demais açúcares e, por isso, acaba sendo tóxico para as bactérias da cavidade oral. "Ele tem uma ação local e, quando usado em balas ou chicletes, vai parar na saliva e entra em contato com as bactérias da carie. O que acontece é que elas não conseguem metabolizar esse açúcar, gastam toda a sua energia tentando e acabam morrendo", diz. Com a morte dessas bactérias, diminui a incidência de cáries. 

Os chicletes com xilitol são cada vez mais comuns, porém, para garantir o efeito anticárie seria necessário mascá-los ao menos cinco vezes ao dia, o que manteria a concentração do açúcar na saliva. Uma alternativa desenvolvida por Agnes foi o verniz de xilitol. O produto é uma espécie de esmalte que deve ser aplicado semanalmente na superfície dentária e, ao longo do dia, libera o carboidrato na saliva. 


Embora os benefícios do xilitol não sejam restritos à odontologia – também auxilia no tratamento de diabetes, desordem no metabolismo de lipídeos e lesões renais e parenterais – ele ainda não substitui a sacarose, principalmente, por ser caro. Além disso, quando ingeridas mais de 60 gramas diárias desse carboidrato, ele pode ter efeito laxativo e provocar diarreia. 

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