FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
A expectativa é que, em 2040, 642 milhões de
pessoas sejam diagnosticadas.
O Dia
Mundial da Saúde é celebrado todo 7 de abril, e em 2016 o tema escolhido
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientização da população é
Diabetes. Isso porque a doença está avançando muito em países de média e baixa
renda.
De
acordo com a Federação Internacional de Diabetes (sigla IDF em inglês), até
2015, cerca de 415 milhões de pessoas foram diagnosticadas como diabéticas, o
que significa que um em cada 11 adultos no mundo tem a doença.
Além
disso, um a cada sete partos é afetado por diabetes gestacional. A expectativa
é que, em 2040, 642 milhões de pessoas sejam diagnosticadas.
No
Brasil, os casos de pessoas com a doença aumentaram 40% desde 2012, segundo o
Ministério da Saúde.
“A
incidência de diabetes está maior a cada ano porque ela está diretamente ligada
ao crescimento da obesidade no mundo, bem como ao sedentarismo e ao
envelhecimento da população ”, explica Raquel Resende Silva,
endocrinologista do Hospital São Camilo.
Diabetes
é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina
suficiente ou quando o corpo não pode usar eficazmente a insulina que produz.
A
insulina, um hormônio que regula o açúcar no sangue, é responsável por fornecer
a energia que precisamos para viver. Sem a presença dela no organismo, o açúcar
se acumula a níveis prejudiciais no sangue.
“Grande
parte dos casos de diabetes é evitável, pois mudanças simples no estilo de vida
são capazes de prevenir ou retardar o aparecimento de diabetes do tipo 2, tais
como: manutenção do peso corporal, prática de atividades físicas com
regularidade e adoção de uma dieta saudável”, ressalta Raquel.
Conheça os diferentes tipos de diabetes:
Tipo 2.
Este é o mais frequente tipo de diabetes no mundo todo (compreende cerca de 90% dos casos). Pessoas com diabetes tipo 2, geralmente, produzem sua própria insulina, mas não o suficiente.
Este é o mais frequente tipo de diabetes no mundo todo (compreende cerca de 90% dos casos). Pessoas com diabetes tipo 2, geralmente, produzem sua própria insulina, mas não o suficiente.
Normalmente,
fatores como hereditariedade, obesidade, sedentarismo e envelhecimento são os
responsáveis pelo desenvolvimento da doença, que é crônica na maioria das
vezes.
Em
alguns casos, a depender da causa, ela pode ser curada, como em obesos que
perdem muito peso e deixam de apresentar sintomas de diabetes.
Tipo 1.
Este tipo é também conhecido como diabetes autoimune, ou seja, quando o
indivíduo já nasce com uma predisposição genética para desenvolver a doença em
função da presença de proteínas específicas contra as células do pâncreas
produtoras de insulina.
Esses
indivíduos, na maioria das vezes, podem não apresentar nenhum familiar com
diabetes, e mesmo assim, desenvolver a doença em algum momento da vida.
Normalmente,
os casos de diabetes tipo 1 são diagnosticados em crianças, adolescentes ou
adultos jovens.
Nestes
casos, os diagnósticos são mais fáceis, pois normalmente os indivíduos
acometidos apresentam sintomas evidentes de hiperglicemia (boca seca, aumento
da sede e da urina) e que se manifestam de forma abrupta.
A
diabetes tipo 1 é uma doença crônica, sem cura até o momento.
Gestacional.
Ocorre quando a mulher é diagnosticada com diabetes durante o período da
gravidez e, portanto, a doença não existia ou não havia o diagnóstico prévio.
Durante
a gestação são realizados exames de pré-natal que avaliam tanto a glicemia em
jejum, quanto a glicemia pós-prandial (na chamada “curva glicêmica”). Os
fatores de risco para desenvolver este tipo de diabetes seriam história familiar
positiva (mãe ou irmã que já tiveram), ganho excessivo de peso e predisposição
genética.
Os
riscos da doença são: prematuridade, más-formações fetais, fetos macrossômicos
(grandes), polidrâmnio (aumento do liquido amniótico), hipoglicemia grave
neonatal, entre outros.
A
melhor forma de evitar é cuidando bem da alimentação na gravidez e controlando
o peso, a fim de prevenir ganho excessivo.
Pré-diabetes.
A doença é chamada assim quando o indivíduo apresenta uma forte tendência ao
desenvolvimento da diabetes, porém seus níveis ainda não estão nos patamares
que definem a doença propriamente dita.
Hoje em
dia, considera-se a pré-diabetes como uma nova entidade de doença, e a mesmo se
caracteriza por:
--
Glicemia em jejum entre 100 e 126 mg/dl
--
Glicemia pós-prandial (após 2 horas da refeição) entre 140 e 200mg/dl
--
Hemoglobina glicada (HbA1c) entre 5,8 e 6,4%
Como tratar?
Consultas
médicas de rotina são fundamentais para o diagnóstico precoce da doença. Após a
realização de exames, o médico poderá diagnosticar a diabetes e o tipo da
doença. Com essas informações, será indicado o tratamento mais adequado
para início imediato.
Se não
tratada, a diabetes pode causar retinopatia (que pode levar ao descolamento da
retina e até à cegueira), nefropatia (principal causa de insuficiência renal
crônica), neuropatia (redução da sensibilidade e sensação de formigamento nas
mãos e pés), pé diabético (formigamentos, perda da sensibilidade local, dores,
queimação nos pés e nas pernas, sensação de agulhadas, dormência, além de
fraqueza nas pernas), infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre
outros.
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