Mais de 20% dos doentes
com anorexia morrem prematuramente devido à doença, segundo um dos autores do
estudo.
Um grupo de investigadores britânicos avaliou vários
pacientes com anorexia, antes e após serem submetidos a repetitivas
estimulações transcranianas (EMT), um tratamento aprovado para a depressão, e
os resultados garantem que a estimulação cerebral pode facilitar os principais
sintomas de transtorno da anorexia nervosa. O estudo foi publicado no jornal
‘Plos One’.
O tratamento proporciona impulsos magnéticos
em áreas específicas do cérebro. O paciente que experiencia o tratamento
sente como se alguém lhe desse um toque suave no lado da cabeça, explicou
Jessica McClelland, líder do estudo, ao site ‘Health’.
«Descobrimos que uma sessão de estimulação cerebral pode
reduzir o desejo de restringir a ingestão de alimentos, os níveis de sensação
de satisfação [cheio] e os níveis de sensação de gordura, bem como incentivar a
tomada de decisão mais prudente». Os resultados dos testes sugerem que a
estimulação cerebral pode reduzir os sintomas da anorexia e melhorar o controlo
cognitivo sobre os recursos compulsivos da doença.
Segundo Ulrije Schmidt, um dos autores do estudo,
pensa-se que a anorexia nervosa pode afetar até 4% das mulheres durante a sua
vida. «Com o aumento da duração da doença, a anorexia fica entranhada no
cérebro e torna-se cada vez mais difícil de se tratar. Os nossos resultados
sugerem o potencial de novos tratamentos direcionados ao cérebro para a
anorexia e que são desesperadamente necessários».
Devido aos resultados tão promissores alcançados, os
investigadores encontram-se a testar a estimulação do cérebro para verificar se
este oferece benefícios, a longo prazo, às pessoas com anorexia nervosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário