FONTE: (http://leiamais.ba).
Ao
serem chamadas para repetir o exame as mulheres não devem temer nem sofrer
antecipadamente.
Histórico de
câncer de mama na família é um fator de risco muito importante quando o assunto
é prevenção. Mas quem tem mamas densas também se encaixa no grupo de risco e
deve ser acompanhada de perto por seu médico ginecologista.
Apesar das
campanhas internacionais, o câncer de mama ainda está aumentando, em parte por
causa da maior expectativa de vida das pacientes, em parte por causa do
sedentarismo, da obesidade, do consumo elevado de álcool e até mesmo porque a
maternidade está sendo adiada para depois dos 40 anos.
De acordo
com Vivian Schivartche, médica radiologista do CDB Premium, em São
Paulo, acrescentar informações sobre a densidade mamária nos laudos das
mamografias acaba resultando num melhor modelo de prevenção, já que mulheres
com mamas densas têm até cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de mama
em relação àquelas com baixa densidade mamária.
A especialista
em diagnóstico da mama afirma que um dos grandes desafios da mamografia é
que mamas densas(principalmente nos níveis três e quatro)
podem dificultar a interpretação das imagens. “Na imagem mamográfica é difícil
diferenciar o que é tecido altamente denso de um tumor. Os avanços da
mamografia nos últimos anos, quando passou de um simples exame em filme para um
exame digital e, mais recentemente, para um exame em três dimensões
(tomossíntese), caminham na direção de aumentar a detecção de tumores cada vez
menores. Ao lado disso, a ultrassonografia e a ressonância magnética também
ajudam a encontrar alterações no meio do tecido denso”.
Outro
ponto que gera dúvidas de interpretação são as calcificações. Elas fazem parte de
muitos processos da mama. Algumas são malignas, outras não. Por isso, muitas
vezes é necessário realizar imagens adicionais na mamografia ou ainda uma
biópsia para chegar a um diagnóstico definitivo.
“A mamografia
tomográfica costuma aumentar em até 30% a detecção do câncer de mama, já que
permite enxergar o tumor numa fase muito precoce e em mamas densas e
heterogêneas. Porém, em situações especiais, em pacientes de alto risco, ou
quando persistirem dúvidas, esses outros exames devem ser realizados”.
A especialista
afirma que, ao serem chamadas para repetir o exame, as mulheres não devem temer
nem sofrer antecipadamente. “Entre 5% e 15% das pacientes costumam receber uma
chamada para imagens adicionais. Não significa que têm câncer de mama, mas que
por algum motivo as imagens não estão bem claras. Estudos apontam que pacientes
entre 40 e 49 anos têm 30% de chance de ter um resultado falso-positivo num
período de dez anos – ou seja, serem chamadas para fazer imagens adicionais sem
ter câncer”.
Vivian
Schivartche revela 4 dicas para quem vai fazer
mamografia:
1. “Observe
a reação do seu corpo durante o ciclo menstrual e evite agendar a mamografia
naqueles dias em que as mamas estão mais sensíveis e doloridas”.
2. “Se
puder escolher, dê preferência às clínicas que investem em novas tecnologias,
já que os novos mamógrafos tornam o exame mais rápido e menos incômodo às
pacientes. Outro ponto importante é a clínica contar com um radiologista
especializado em imagem da mama para orientar a realização do exame”.
3. “Durante
o exame, procure seguir a orientação do profissional que está no comando,
evitando movimentos que possam comprometer o resultado final. Tenha em mente de
que se trata de um exame rápido, realizado somente uma vez ao ano, e que pode
salvar a sua vida”.
4. Se for
chamada para uma repetição, não tenha medo e procure agendar o quanto antes. Na
hora do exame, tente relaxar, permitindo a compressão necessária para a melhor
imagem possível. Oito em cada dez nódulos encontrados não têm nada
a ver com câncer”.
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