Estudo feito só com mulheres mostra que aquelas
que fazem mais sexo têm telômeros mais longos – fator importante contra os
efeitos do avançar da idade.
Não é segredo para ninguém que transar com frequência traz um
bem danado – e não só em termos emocionais. Fazer sexo pelo menos uma vez por
semana também teria efeitos na longevidade, segundo um estudo publicado em março de
2017 no periódico científico Psychoneuroendocrinology.
De acordo com Tomás Cabeza de Baca, líder do estudo, a
pesquisa conduzida por um grupo da Universidade da Califórnia em São Francisco,
nos Estados Unidos, notou que “as mulheres que afirmavam ser sexualmente ativas
ao longo da semana apresentavam telômeros significativamente maiores do que
aquelas que não faziam sexo com frequência”, afirmou ao site PsyPost.
Estamos falando de
estruturas que protegem os cromossomos contra danos e mantêm a integridade do
DNA. Quanto mais curto o telômero, mais fracas ficam as células, o que pode
afetar tanto a aparência quanto a saúde – aumenta o risco de doenças
degenerativas, como Alzheimer, e de morte prematura, por exemplo.
Segundo os autores
do artigo, esse é o primeiro trabalho a mostrar que existe relação entre uma
vida sexualmente ativa e a qualidade dos telômeros. A investigação incluiu 129
mulheres, e as características cromossômicas delas foram analisadas a partir de
exames que mapeavam o sangue do corpo todo das participantes.
Os resultados se mantiveram mesmo considerando fatores como a
qualidade dos relacionamentos das voluntárias e o stress que elas sofriam. “O
comprimento do telômero e a atividade da telomerase [enzima que protege essas estruturas do envelhecimento] não
foram associados à satisfação no relacionamento e a interações
positivas/negativas com o parceiro”, comentou Baca.
Os próprios
pesquisadores ponderam, no entanto, que é preciso investigar mais a fundo a
questão. “Esperamos que o próximo passo seja coletar dados de uma amostra maior
e mais diversa de mulheres, para explorar os efeitos a longo prazo da rotina
sexual no comprimento dos telômeros”, afirmou o expert à publicação. A ideia é
fazer estudos também com homens para avaliar as diferenças entre os sexos. E,
por enquanto, pode continuar aproveitando muito a vida com seu parceiro entre
quatro paredes. Seus cromossomos agradecem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário