Estamos
cada vez mais conscientes e exigentes nas escolhas que envolvem nossa saúde,
como optar por alimentos orgânicos na ida semanal ao mercado ou por aulas
fitness que caibam na rotina. Outro reflexo da preocupação com nosso corpo
é a busca de alternativas para os absorventes descartáveis internos e externos
– esse último, o preferido por 86% das mulheres no país de acordo com um
levantamento realizado pela marca Pantys –,
caso da calcinha absorvente, do coletor menstrual, do absorvente de pano e
da esponja menstrual.
Os
novos métodos estão sendo procurados por pessoas que procuram lidar com o fluxo
menstrual de forma menos agressiva ao meio ambiente, como é o caso da
apresentadora Bela Gil. “Não é
necessário fazer exames antes de começar a usá-los. Tudo depende da
adaptação individual, fluxo menstrual, preferência pessoal e estilo de vida de
cada mulher”, diz Luciana Deister, ginecologista integrativa da clínica
Patricia Davidson Haiat.
Impacto ambiental dos absorventes.
Segundo
um levantamento realizado pela Fleurity, uma mulher com ciclo menstrual de
quatro dias gasta, em média, 24 pacotes de absorventes em um ano. Em 40 anos
(média da vida fértil da mulher) são usados 960 embalagens, o que equivale a
quase 8 mil absorventes – são 192 quilos de absorventes por mulher! Além
de serem mais ecológicos, os métodos alternativos são mais econômicos (em dez
anos, você gasta quase R$ 1 500 reais com os acessórios descartáveis enquanto
os reutilizáveis custam, no mesmo período, a partir de R$ 20,50, no caso do
absorvente de tecido).
Escolha seu método.
Com
as diversas opções existentes no mercado, seu período menstrual não precisa
mais ser visto como “aqueles dias” incômodos. Mas como cada método possui
vantagens e desvantagens, o indicado é experimentar o que se adapta melhor ao
seu corpo, estilo de vida e intensidade do ciclo. “A única recomendação é que
mulheres com dispositivo intrauterino (DIU) tomem cuidado na hora de remover o coletor ou a
esponja menstrual para que não ocorra o deslocamento do DIU e o comprometendo
de sua função contraceptiva”, recomenda Luciana. No entanto, esse cuidado não é
exclusivo dos métodos alternativos, uma vez que também deve ser observado no
uso dos absorventes internos tradicionais.
Confira abaixo s quatro opções que estão se
tornando cada dia mais populares por aqui:
1.
Calcinha absorvente.
Reutilizável,
confortável e com alta capacidade de absorção, a calcinha absorvente é feita
com tecido tecnológico antimicrobiano que bloqueia odores indesejáveis e tem
apenas 1/3 da espessura do absorvente comum. Mesmo assim, ela retém
o equivalente a dois absorventes externos, em média.
No
Brasil, a Pantys é a marca pioneira nesse
nicho e oferece quatro modelos (o valor varia entre R$ 75 e R$ 95) resistentes
a todos os tipos de fluxos – use-a o dia inteiro quando ele está leve e
por até oito horas em dias de menstruação intesa. A peça dura até dois anos e
pode ser lavada à mão ou na máquina.
2.
Coletor menstrual.
O
copinho de silicone tem textura maleável, pigmentação natural e geralmente
possui dois tamanhos: um para mulheres acima de 30 anos que já tiveram filhos e
outro para mulheres abaixo dessa idade e que não têm filhos. O uso do acessório
é recomendado para todos os níveis de fluxo e, como ele dura até 10 anos,
é uma opção econômica (custa entre R$ 49 e R$ 89).
Cuidados
necessários: retire o coletor a cada seis horas e higienize-o com água e sabão
neutro toda vez que for esvaziado. Para mantê-lo bem conservado, ferva o
copinho ao final de cada ciclo menstrual.
Usuária
do coletor menstrual há anos, a ativista ambiental e idealizadora do
movimento Menos 1 Lixo, Fe Cortez, acredita que “além de ser financeiramente
vantajoso, o coletor é mais seguro (não possui aditivos prejudiciais à pele) e
higiênico (elimina o odor da menstruação, pois o sangue armazenado nele não
entra em contato com o ar e não oxida)”.
3.
Absorvente de pano.
Podendo
durar até dez anos, os absorventes de panos Korui (valores entre R$ 20,50 a R$ 112) são feitos de
tecidos inteligentes que atuam como absorventes impermeáveis, respiráveis, com
alta absorção e toque extremamente macio. O ajuste por botões deixa o acessório
perfeitamente encaixado na calcinha, o que proporciona conforto e evita
vazamentos. Na hora da higienização, a praticidade também reina: é só
lavar como você faria com sua calcinha de tecido normal.
4.
Esponja menstrual.
Apesar
de não ser reutilizável (ele deve ser descartado após seis horas de uso), esse
absorvente interno feito de material maleável é uma boa alternativa para os
convencionais: ele tem absorção superior, é livre de compostos químicos e pode
ser utilizado durante a relação sexual. Por ser introduzida bem fundo
no canal vaginal, a retirada da esponja (Esponja Menstrual Soft Tampons, R$ 6,60) é mais complicada do que os demais métodos,
mas basta encaixar o dedo no orifício que fica no centro do acessório para
puxá-lo.
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