Muitos jovens se
assustam ao reparar que uma coroa de pequenos espinhos apareceu em volta da
base da glande, popularmente conhecida como a cabeça do pênis. Será falta de
higiene? Alguma doença sexualmente transmissível (DST)? Uma deformidade
genética?
Se não coçam, não
irritam e não doem, o médico urologista Christian Fuhro, da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo esclarece: “São simplesmente glândulas de Tyson, que
surgem durante a adolescência, quando ocorre o desenvolvimento sexual”.
Segundo o especialista,
todos os homens as têm. “Mais ou menos salientes, em maior ou menor número, e
maiores com a ação dos hormônios masculinos, sendo assim mais visíveis nos
rapazes e jovens adultos”, comenta.
Glândulas que ajudam no
sexo.
Descobertas em 1694
pelo cientista e físico britânico Edward Tyson (daí o termo Tyson), essas
glândulas produzem uma secreção lubrificante, quando o homem está excitado, e
servem para facilitar a penetração e proteger o pênis durante a relação sexual.
A literatura médica
demonstra que se tratam de estruturas fisiológicas não contagiosas, sem relação
com nenhum tipo de doença nem com o fato de o indivíduo ser circuncidado ou
não. “Com a atividade sexual e o envelhecimento natural do homem, elas tendem a
ficar suaves e menores”, complementa o urologista.
Como são glândulas
produtoras de matéria oleosa e estão sujeitas a serem recobertas pelo prepúcio
(pele que cobre a cabeça do pênis), merecem cuidados de higiene para não
provocarem mau odor. As glândulas de Tyson em si não exalam cheiro, mas o
acúmulo de oleosidade dá origem ao esmegma, uma secreção branca e pastosa que
pode se acumular entre a glande e o prepúcio. “Água e sabão são suficientes
para resolver essa questão”, orienta Christian.
Como diferenciar de
doenças.
Para que o jovem não
fique preocupado e tenha certeza de que não está com uma doença, ou algum outro
problema, é preciso que ele procure um médico urologista para ser examinado.
Porém, Christian tranquiliza: “As glândulas de Tyson podem ser confundidas com verrugas
causadas por HPV (vírus que atinge a pele e as mucosas) ou por condiloma, uma
infecção causada também pelo HPV, mas se diferenciam facilmente dessas doenças
por estarem restritas à borda da glande. Já as verrugas genitais causadas pelo
HPV podem acometer qualquer parte do pênis, saco escrotal, região pubiana e
perianal”. Como já mencionado, as glândulas de Tyson também não coçam, não
irritam e não doem.
Remoção pode melhorar
autoestima.
Embora não representem
nenhum risco à saúde do homem e da pessoa com quem ele mantém relações sexuais,
as glândulas de Tyson podem ser removidas por questões estéticas, uma vez que
sua aparência pode gerar desconfortos. O homem, por exemplo, pode se sentir
incomodado de ter que explicar o que são toda vez que for transar e, por
insegurança, pode desenvolver transtornos de ansiedade, depressão e até
disfunção erétil.
“A cauterização tem
sido muitas vezes utilizada para retirar essas glândulas, mas pode deixar
cicatrizes e deformidades na glande”, explica o médico urologista da Santa Casa
de Misericórdia de São Paulo, salientando que usar ácidos ou cremes também não
resolve o problema. Além disso, se forem substâncias abrasivas, podem ressecar
e irritar a área.
Se mesmo assim o homem
estiver disposto a encarar a cauterização, terá de conseguir o aval de um
especialista, que realizará o procedimento em ambiente cirúrgico. Após
aplicação de anestesia local, o procedimento estético é feito entre cinco e dez
minutos. A recuperação do paciente leva até dez dias e as glândulas, se forem
totalmente removidas, não voltam mais.
É importante ressaltar
que métodos caseiros ou alternativos disponíveis na internet são arriscados e
totalmente desaconselhados pelos médicos.
Agora estou mais calmo com issl
ResponderExcluirSo vou marca exame pra confirmar
Foi otil de grande proveito.
ResponderExcluirObrigado fiquei mt assustado
ResponderExcluirExiste tratamento
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