Lavar bem os vegetais
--especialmente aqueles que consumimos crus e com casca -- é um dos cuidados
básicos de saúde. Isso porque comer frutas e verduras contaminadas por
micro-organismos pode provocar uma infecção alimentar, que traz consequências
como vômitos, diarreia e desidratação.
As táticas adotadas
pelas pessoas para "matar" as bactérias vão desde o uso de produtos
específicos --o que é correto -- até deixar o alimento de molho na água com
vinagre. A justificativa seria que a acidez do condimento é capaz de eliminar
os germes. Mas a eficiência do tempero para isso é nula.
Por que não adianta
lavar os alimentos com vinagre?
O vinagre possui um
grau de acidez considerado fraco, tanto que é comestível. Deixar alimentos
de molho no condimento pode até eliminar alguns micro-organismos, mas não tem
efeito sobre as bactérias que realmente podem prejudicar a saúde,
resistentes a essa pequena acidez. É o caso da H. pylori, que pode
causar graves infecções estomacais.
No entanto, deixar o
alimento de molho na água com vinagre pode ser eficiente para acabar com
sujeiras, pequenas larvas e ovos de insetos --o que não reduz totalmente o
risco de contaminação, mas ajuda. Vale ressaltar que só temperar a salada com o
vinagre não tem o mesmo efeito.
Como higienizar os
alimentos corretamente.
A popular água
sanitária (hipoclorito de sódio) é um produto bastante eficaz para acabar com
as bactérias dos alimentos. A receita é simples: primeiro, lave bem o vegetal
em água corrente --limpe as hortaliças folha por folha. Depois, adicione em um
recipiente 1 colher (sopa) de água sanitária para cada 1 litro de água
filtrada. Deixe o alimento de molho nessa mistura por 15 a 20 minutos.
Retire e enxágue novamente na água corrente.
O hipoclorito tem seu
uso recomendado pela legislação sanitária no Brasil. Por isso, é importante
consultar se a marca que você utiliza possui registro na Anvisa.
*** Fontes: Marco Aurelio Carreira Silva,
docente no curso de nutrição do Senac-São Paulo; Edvânia Soares,
nutricionista e especialista em nutrição clínica esportiva e vigilância
sanitária; Gabriela Cilla, nutricionista clínica, funcional e
gastróloga; e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).


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