quarta-feira, 24 de outubro de 2018

ANTIBIÓTICOS PODEM CAUSAR ANORMALIDADE IMUNES A MEDICAMENTOS NO INTESTINO.


FONTE:, em São Paulo, https://vivabem.uol.com.br



Um estudo publicado na revista científica Science Translational Medicine mostra que o uso contínuo de antibióticos causa distúrbios no microbioma intestinal levar a mudanças duradouras e destrutivas no sistema imune intestinal.

Realizada com camundongos, a pesquisa mostra que essas alterações causaram o aumento da suscetibilidade a certas infecções, uma descoberta que ressalta como o uso de antibióticos pode levar a efeitos colaterais persistentes e imprevisíveis.

Os intestinos humanos contêm uma variedade de células imunológicas que protegem o corpo contra vírus enquanto coexistem com bactérias benéficas no microbioma intestinal.

Um desses tipos de células, chamadas de macrófagos, é normalmente condicionada para tolerar bactérias intestinais amigáveis ​​sem provocar respostas inflamatórias. No entanto, pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), que tem sido associada ao uso contínuo de antibióticos, apresentam uma quebra na tolerância.

Buscando saber se os antibióticos podem afetar diretamente o comportamento dos macrófagos intestinais, a equipe de cientistas responsável fez com que camundongos ingerissem o medicamento. Os resultados mostraram que a substância levou os macrófagos a produzir moléculas inflamatórias em excesso quando expostos a um componente da parede celular bacteriana.

Os antibióticos também perturbaram o modo como os macrófagos "treinavam" as células T (importantes para a resposta imune) para se tornarem células T auxiliares (TH), levando a uma superprodução do subtipo TH1.

Como resultado, os roedores ficaram mais vulneráveis ​​a infecções por bactérias e parasitas que requerem outros subtipos de TH para a purificação. O efeito persistiu por 60 dias, mesmo após o repovoamento do microbioma intestinal.

Os testes seguintes revelaram que a suplementação com butirato de ácido graxo reverteu a superestimulação de macrófagos e preveniu o excesso de respostas de TH1 no cólon, destacando uma estratégia potencial para fortalecer o microbioma intestinal durante o tratamento antibiótico.

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